Potros de risco: o que são e como identificá-los?

Neste artigo técnico assinado por Ana Claudia Gorino e Alfredo Poci Ferri, Médicos Veterinários da Clínica Equus, você fica sabendo mais detalhes sobre os potros de risco

A maior parte das mortes de potros ocorre na primeira semana de vida e, especialmente, nas primeiras 48 horas. Sendo assim, as principais causas associadas a essas perdas tão precoces são: asfixia, infecções bacterianas e sepse, fome e distocia.

Portanto, o objetivo da classificação dos potros em categorias de risco é identificar precocemente potros que podem precisar de mais atenção.

Classificando animais de risco

Quando utilizamos o conceito de fatores de risco nos preparamos, certamente, melhor para receber um neonato e antecipamos a detecção de problemas importantes em potros de alto risco. Problemas relacionados à égua, ao próprio potro, à gestação, ao parto e ao ambiente determinam o potencial de risco associado ao recém-nascido.

Dessa forma, os potros podem ser classificados como de baixo, médio ou alto risco.

  • Potros de baixo risco: nenhum fator de risco materno, gestacional ou relacionado ao potro; gestação de duração normal (> 330 dias); potro se levantou em 1 hora após nascimento e mamou após 2 horas; placenta sem alterações; nenhum fator de risco ambiental.
  • Potros de médio risco: são animais com pelo menos 1 fator de risco;
  • Potros de alto risco: são animais com mais de 1 fator de risco.

Como resultado, o potro de risco deve receber todo o tratamento necessário de acordo com a alteração ou enfermidade que apresente. Imagine um potro nascido a termo, perfeitamente saudável, mas que exibe um grau de contratura nos membros torácicos que dificulta que ele se levante e mame.

O veterinário deve rapidamente deduzir que este potro provavelmente não mamou o colostro no momento adequado (até 2 horas após o nascimento). O que implica em um grande risco de falha de transferência de imunidade passiva, hipoglicemia, hipotermia, bacteremia e sepse.

Por fim, o mais importante é que essas situações de risco sejam identificadas com antecedência ou precocemente. Acima de tudo, isso permite que o veterinário esteja preparado para intervir de forma adequada, aumentando as chances de sucesso no tratamento.

Por Ana Claudia Gorino e Alfredo Poci Ferri, Médicos Veterinários da Clínica Equus

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Crédito da foto: Divulgação/ProEquus

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