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Rafaela Negrini descobriu através do cavalo a sua paixão por ensinar

Em entrevista ao Portal Cavalus, a professora contou um pouco da sua trajetória de vida no meio do cavalo e como descobriu a sua vocação para ensinar

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Rafaela Negrini descobriu através do cavalo a sua paixão por ensinar

Uma história pautada pelo respeito e amor aos cavalos, é assim que podemos resumir a história de Rafaela Negrini no meio equestre. Professora na Hípica Universo Equestre em Jundiaí (SP), Rafaela começou a sua história no meio do cavalo ainda muito nova, quando fazia passeios em família.

“Desde pequena tive contato com cavalo, sempre gostei de fazer passeio. Minha família também sempre foi ligada ao cavalo, mas sempre foi algo voltado para o lazer, nada com relação ao esporte”.

Rafaela Negrini e os cavalos

Rafaela ainda conta que sua mãe sempre gostou muito desse universo, querendo incluir a filha no Hipismo. “Apesar dessa vontade da minha mãe, eu nunca me interessei por isso, mas seguia sempre com os passeios em sítios, fazendas, onde tinha cavalos, eu estava lá”, comenta.

Rafaela e sua mãe, sua maior incentivadora

Com o passar dos anos, a professora iniciou sua graduação em Administração, ingressando logo após em uma pós-graduação em Administração de Empresas e Contabilidade. Ela lembra que sempre gostou de estudar, mas seu amor pelos cavalos continuava o mesmo.

Durante um período, ela começou a levar sua prima para fazer umas aulas numa hípica da região onde moravam, já que sua prima compartilhava com ela o mesmo carinho pelos cavalos. “Mas, minha prima era um pouco diferente, ela queria de fato fazer o esporte, queria saltar, e como tinha um horário livre, comecei a acompanhá-la toda semana”.

Foi então nesse momento, que Rafaela percebeu algumas pessoas mais velhas do que ela, fazendo aulas e incentivando ela a começar a fazer também. Ela relembra que, a partir desse momento, aos 22 anos, começou a fazer as aulas e desde então, mão parou mais.

“Nessa época tive o meu primeiro cavalo, que eu dividia com a escolinha, já que os custos para o manter eram altos, então deixa ele na escola, mas sempre visitando ele. Fui me apaixonando cada vez mais por esse meio”.

Apesar disso, inicialmente, seu plano não era entrar em competições, querendo apenas o contato com o cavalo. Entretanto, Rafaela acabou caindo no gosto do esporte e começou a saltar, mesmo achando que as competições não eram para ela, foi vencendo o receio participando de provas. “A primeira prova causa um frio na barriga, mas depois da primeira, a gente vai vencendo o medo e mostrando os resultados dos treinos”.

Alguns anos depois, com uma vida dedicada ao Hipismo e aos estudos, Rafaela terminou sua pós-graduação e recebeu a proposta de dar aula de componente para crianças até seis anos na Hípica. E para deixar a decisão ainda mais difícil, Rafaela recebeu uma outra proposta de uma empresa, foi então que percebeu que precisa escolher o caminho que a sua vida ia seguir, o caminho dos cavalos ou o do mundo corporativo.

“Foi aí que eu escolhi o cavalo e percebi que eu não ia conseguir ficar sem eles e não ia conseguir ficar trancada numa empresa. Aquilo lá já era a minha vida, aqueles animais já estavam dentro de mim”.

Com essa decisão, Rafaela descobriu uma outra paixão, a de dar aulas para crianças, nesse processo, ela foi se aperfeiçoando, com ajuda de pessoas, buscando sempre levar o seu conhecimento e experiência para os seus alunos. Além de ensinar para as ações dentro e fora da pista, a professora ressalta a importância de ensinar o respeito aos cavalos.

Para Rafaela, o respeito com os cavalos é algo que vem em primeiro lugar, já que eles contribuem diretamente para a qualidade de vida das pessoas, como na equoterapia, onde adultos e crianças têm as suas vidas salvas pelos cavalos.

“Cheguei a perder meu pai recentemente, há dois anos. E eu digo que eu só não entrei numa depressão profunda por causa dos cavalos. É uma coisa incrível estar ao lado desses animais, eles me dão ânimo”.

Além das crianças, Rafaela ensina adultos também, o que a deixa muito feliz. Para ela, o contato cavalo e adultos serve para curar feridas, e no caso das crianças, contribuem para o desenvolvimento e muitas outras coisas. “O que eu mais gosto de ver é essa transformação na vida das pessoas através do cavalo”, finaliza.

Por Heloísa Alves/Portal Cavalus
Fotos: Arquivo Pessoal/Rafaela Negrini

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