Quando se fala em tradição no rodeio, certamente o nome dele vem à mente
Roy Cooper começou sua carreira no rodeio ‘fora da caixa’, como diz a gíria, ganhando o campeonato mundial de Tie-Down Roping no seu ano de estreia como profissional da PRCA. Era 1976 e ele ficou ainda com o título de Rookie Of The Year depois de participar de sua primeira National Finals Rodeo. Nascido em 13 de novembro de 1955, em Hobbs, New Mexico, Cooper sofria severamente de asma na infância e o pelo dos cavalos causavam alergia.
Algo que poderia ter atrapalhado sua carreira profissional. Mas quando entrou para o Ensino Médio os problemas respiratórios tinham ficado no passado. Competindo no circuito escolar de rodeio, Cooper passou a se destacar ao se dedicar a tudo que dissesse respeito ao Tie-Down Roping. Foi campeão da National Intercollegiate Rodeo Association, mesmo título de seu pai em 1950. Acabou tornando-se um dos nomes mais fortes da história do esporte.
Por sua habilidade extrema de laçar, ganhou o apelido de ‘Super Looper’. Ele foi o primeiro cowboy da PRCA a ultrapassar US$ 2 milhões em ganhos na carreira. No currículo, oito campeonatos mundiais. Seis em Tie-Down Roping (1976, 1980-84); um no Steer Roping (1983); e um no All-Around (1983). Logo entrou para o ProRodeo Hall of Fame, sendo introduzido na galeria da sua modalidade em 1979. Como boa parte dos competidores, cursou faculdade. Na Southeastern Oklahoma State University se formou em jornalismo.
Carreira
Não só Cooper ganhou o título de Rookie Of The Year em 1976 e seu primeiro título mundial em Tie-Down, como bateu o recorde de ganhos em uma só temporada. Tudo isso em seu primeiro ano como profissional. Em 1977, Cooper entrou para a lista dos três maiores ganhadores de prêmios da PRCA. Fato que continuou seguindo sua carreira. No ano seguinte, por exemplo, tornou líder de somas ganhas do rodeio de Cheyenne. Somas altas que ninguém tinha conseguido, na época, fora da NFR.
O ano de 1983 foi outro marco na carreira. Após quase dez anos de soberania, sempre entre os primeiros colocados, senão o primeiro, Cooper bateu outro recorde. Foi campeão mundial All-Around, de Tie-Down Roping e de Steer Roping no mesmo ano. Foi o primeiro a vencer três títulos na mesma temporada de 1958 e o quatro na história na época. Ano após ano, continuava estabelecendo recordes de ganhos em uma só temporada. Com oito títulos mundiais no currículo e outros em rodeios importantes, em 1990 era o competidor que mais somou prêmios em dinheiro.
No começo dos anos 90 Cooper passou alguns períodos fora das arenas por conta de acidentes e cirurgias. Mas não deixava de ganhar. Seu momento de destaque da carreira foi um recorde de tempo na NFR de 1995. No ano seguinte, outro recorde, quatro vezes campeão da etapa final de Steer Roping, o primeiro a ter essa conta. Passou a desacelerar em 2011, já não indo a tantas etapas até que se aposentou em 2016. Não sem antes confirmar e deixar um legado.
Tudo começou com seu pai, Tuffy Copper. Sua irmã, Betty Gayle, foi campeã de Três Tambores e está no National Cowgirl Hall of Fame. Cooper também teve a companhia do irmão, Clay, e do primo, Jimmy, na mesma profissão. Ele tem três filhos – Clif, Clint e Tuf – todos são cowboys. Os três se classificaram para a NFR em 2010, sendo a primeira vez que três irmãos conquistaram tal feito. Tuf Cooper é um dos nomes importantes da nova geração, campeão mundial All-Around em 2017 e tricampeão de Tie-Down Roping (2011-12, 2014).
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Para completa a árvore genealógica da família, a enteada de Roy, Shada, é casada com o ídolo Trevor Brazile, 24 vezes campeão mundial. Até hoje, quem o viu laçar atesta que é um dos laçadores mais habilidosos da história. Suas mãos são rápidas e podia arremessar a corda de uma distancia maior sem errar. Hoje, Roy Cooper e outros membros de sua família se dedicam à Cooper Rodeo Foundation, que ajuda crianças e jovens adultos no rodeio.
Fonte e Fotos: ProRodeo e Wikipedia