Internacional

Marcos Alan campeão e Juninho Testa vice campeão do mundo pela PRCA

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A National Finals Rodeo 2017 aconteceu de 7 a 16 de dezembro, no Thomas & Mack Center, em Las Vegas, Estados Unidos

Como se diz hoje em dia, Marcos Alan Costa ‘zerou a vida’. Após dez dias espetaculares, em que ele ganhou posições round a round, mantendo regularidade, saiu da arena como Campeão Mundial de Tie-Down Roping (Laço Individual) da Professional Rodeo Cowboys Association. A fivela de ouro mais cobiçada do rodeio completo agora é dele! Alguns anos atrás, algo que estava milhas e milhas distante de acontecer. Um brasileiro ser campeão mundial em uma das modalidades de cronometro? Ninguém esperava, mas todo mundo sonhava. Até que dois guerreiros mudaram de mala, cuia e cordas para a América.

Marcos Alan terminou a temporada 2017 com US$ 317.421,33, contando o que já tinha somado nas etapas regulares com o que ganhou na final. Ele chegou em quarto lugar a Las Vegas. Ganhou bônus em sete dos dez rounds e entrou para a décima e última rodada em segundo lugar no ranking mundial. A briga com Tuff Cooper era apertada, mas dava. Bastava uma combinação de resultados. Ele merecia ganhar um round e foi o que aconteceu. Com uma laçada de 7s80 venceu a décima noite e esperou. Tuff tinha que não pontuar e ele laçou um bezerro de 11s, não entrando na zona de pontuação. Título confirmado para o Brasil.

Marcos ajoelha para agradecer o título

“Conheci Stran Smith quando ele foi ao Brasil e acabei vindo com ele para os Estados Unidos. Tudo que aprendi sobre a PRCA e sobre como laçar aqui, devo a ele. Quando eu estava orando hoje, antes do round decisivo, disse que eu ia dar tudo o que eu tinha para tentar vencer esse título mundial se eu tivesse uma chance. O plano de Deus é diferente do nosso, e se você confia nele com todo o seu coração, as coisas acontecem para você”, palavras de Marcos Costa, que também levou um prêmio extra, uma caminhonete RAM 3500 Heavy Duty, pelo Top Gun Award, dado ao finalista que mais somar ganhos durante a Finals. Marcos adicionou US$ 195.519,00.

Nossa torcida também tinha Junior Nogueira, o Testinha. A Finals dele foi um pouco mais complicada e o título não veio. Laçando com Kaleb Driggers no Team Roping (Laço em Dupla), chegou liderando o ranking mundial e teve um primeiro round ótimo. Mas foram os três seguintes que complicaram a situação. Um tempo alto após a corda do cabeceiro ter feito um oito e dois SATs. Matematicamente, nada estava perdido, pois o ranking é medido em ganhos e tinha muito dinheiro em jogo ainda. Mas, mesmo se recuperando, marcando tempos baixos, incluindo um recorde de arena – 3s3 – a fivela não veio. Terminou a temporada com US$ 255.200,61, o segundo lugar no ranking mundial e um sétimo na etapa. Erich Rogers e Cory Petska ganharam terreno e acabaram com o título nesta modalidade.

Juninho após marcar 3s3!

Em sua quarta final mundial, Testinha já fez história. Em 2014, seu primeiro ano competindo o circuito completo, tornou-se o primeiro brasileiro a classificar para a NFR no Team Roping. De lá para cá, o título bateu na trave algumas vezes. Ele não só chegou lá, como chegou com chances de ganhar a fivela. Em 2016, foi campeão All-Around (cowboy completo) e vice campeão mundial Laço Pé, mais um marco histórico na carreira e nos livros da PRCA. Marcos Alan trilhou um caminho parecido. Também iniciou sua trajetória nos Estados Unidos em 2014, e soma agora três qualificações para a Finals. Em 2015, foi o primeiro brasileiro a conquistar vaga na NFR no Laço Individual, e no ano seguinte também voltou para casa como o segundo melhor do mundo. Mas o melhor estava por vir em 2017, campeão. Título, que ninguém, duvida, também chegará para Testinha.

Juninho

A premiação esse ano chegou a US$ 10 milhões. Desse valor, US$ 1.200.000,00 foram bônus de participação para cada atleta. Para cada modalidade, em cada round, foram distribuídos US$ 84.615,38. Em dez rodadas consecutivas, do primeiro ao sexto lugar (por dia), em ordem de notas e tempos, os finaliastas ganharam dinheiro, que foram sendo somados ao ranking. Ao final dos dez rounds, de acordo com a ordem de classificação da etapa, mais dinheiro para os posicionados entre primeiro e oitavo lugares.

Tuf Cooper acabou também como o campeão mundial All-Around 2017. Que ano para ele. Aos 27 anos, desde 2008 na PRCA, volta para Decatur, Texas, com seu quarto título mundial Tie-Down Roping e o primeiro de cowboy completo. Com dez qualificações para a NFR, soma mais de um milhão de dólares em ganhos na carreira. Também ficaram com o título em 2017: Tim O’Connell – Bareback Riding – bicampeão, ganhou também em 2016; Tyler Pearson – Steer Wrestling (Bulldog); Ryder Wright – Saddle Bronc (Sela Americana); Sage Kimzey – Bull Riding – tetracampeão, ganhou também em 2014, 2015 e 2016.

Resultados completos, round e round, clique aqui.

Por Luciana Omena

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