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Dicas para melhorar o trabalho de brete do seu cavalo

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Quem ai tem ou já teve dificuldade em corrigir problemas ou fazer uma boa saída do brete visando uma boa apresentação?

Pensando em te ajudar a melhorar um pouco seu trabalho de brete, fomos conversar com nosso parceiro Rodrigo de Matos Sobreira. Uma máxima, que ele ressalta logo de cara, é que para se ter um cavalo bom de brete é preciso praticar sempre os fundamentos, ter um cavalo bem domado, com condicionamento físico em dia, sem lesões. É preciso escolher equipamentos adequados, usar o freio certo, por exemplo.

Foto de cima: animal na mão, esperando o momento exato que eu permita a partida.
Foto de baixo: o animal todo solto permitindo uma partida baixa e forte.

Outro ponto importante que Rodrigo reforça é o de escolher para o pé ou cabeça o cavalo que mais se ajusta ao trabalho em cada uma dessas atividades. Se o seu cavalo é mais baixo e você optar por deixá-lo laçando cabeça, segundo o treinador, ele será um cavalo mais arredio, pois terá que fazer um esforço muito grande para realizar suas funções. Já um cavalo mais alto separado para o trabalho de pé, ficará desconfortável e não executará boas paradas.

E todos esses fatores podem incidir positiva ou negativamente na qualidade do trabalho de brete, momento fundamental da sua passada. Os grandes laçadores conseguem ter uma visão da partida do boi e posicionam o cavalo no brete de uma forma muito interessante quando seguem os preceitos mais básicos da modalidade. E é no brete que tudo começa! Para que tudo que aconteça de forma satisfatória após a partida, seja em prova técnica ou cronômetro, o bom trabalho de brete é essencial. Não será possível fazer uma laçada rápida ou tecnicamente perfeita, se eu seu cavalo não tiver afinado dentro do box. É lá o principio de tudo. Se começa mal, a chance de terminar pior é grande. O equilíbrio é fundamental para conseguir evitar que o cavalo saia adiantado ou atrasado, duas maneiras que podem arruinar sua laçada.

Pode parecer preciosismo, mas Rodrigo comenta de algo que também vamos considerar como básico: a condição do seu brete. Tanto no quesito local, se tem área boa de escape, como o estado e posicionamento das tábuas da cerca. São fatores que interferem no trabalho do cavalo. O cavalo parte e vai jogando terra para trás,  aí vai ficando um barranco, um morro atrás onde o cavalo encosta, e quando a pessoa não plaina o piso,  o cavalo fica de cabeça para baixo, ele  se comportar de maneira diferente, tende a sair de cabeça baixa, por exemplo, ficando desconfortável para ele. Se ele tiver um pouco de dificuldade, não irá aceitar isso. O piso dentro do brete tem que ser leve, raso e sem buracos.

O cavalo tem que estar equilibrado, com as quatro patas no chão. Rodrigo reforça que você não terá um cavalo manso de brete se ele tiver que sentar no fundo, se tiver caindo em cima da paleta para direita ou esquerda, ou com anteriores abertos. Situações que deixam o cavalo nervoso devem ser evitadas. Para isso brete tem que estar plano, rastelado, leve. Outro cuidado é com o formato do brete de cerca, pois quando o cavalo arranca ele pode bater o curvilhão no fundo e machucar ou partir de forma inadequada. Para que isso não ocorra, a parte de baixo não pode ter tábuas, deve ser aberto.

Outro momento a ser observado entra no quesito estilo. Rodrigo pondera que alguns laçadores entram no brete com a rédea muito puxada para trás. Esse procedimento acaba deixando o cavalo nervoso e querendo sentar no fundo, agitado, empinando. Essa situação não é o que ninguém quer. O ideal é deixar a mão leve para dar equilíbrio. Rédeas muito solta também não é a saída, o cavalo não irá receber o comando da partida na hora certa. Então, a dica é aprender a ter seu cavalo na mão, com regulação correta da rédeas.

O brete é um lugar de muita pressão, então é importante evitar tocar muito de espora e perna quando estiver se preparando para pedir o boi. E isso você pode treinar em casa, escorar o cavalo, caminhar, sair e entrar do brete com calma, fazer com que seu cavalo conheça aquele local. Mostre o brete ao cavalo, faça com que ele caminhe lá dentro, vire para todos os lados. Não tem um lado certo para se entrar no brete, não é isso que vai fazer sua prova ser mais rápida ou mais técnica. Então trabalhe e mostre ao seu cavalo que lá não é um lugar ruim de se estar.

Cavalo com uma boa saúde e condicionamento, piso bom, sem estar com rédea nem muito curta nem muito bamba, cavalo equilibrado nas quatro patas, escorar bastante boi em casa. Quanto mais você dispender tempo de entra e sair com calma do brete, mostrar para seu cavalo que ele pode ter prazer do começo ao fim da corrida, ele vai te ajudar ainda mais a fazer uma boa apresentação.

Por Luciana Omena

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