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Quais setores do agronegócio serão impactados pelo acordo com a UE

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O acordo reconhecerá como distintivos do Brasil vários produtos, como cachaças, queijos, vinhos e cafés. Mas há contrapartidas

Os países do Mercosul e da União Europeia formarão uma das maiores áreas de livre comércio do planeta a partir do acordo anunciado na sexta-feira, dia 29, em Bruxelas. Juntos, os dois blocos representam cerca de 25% da economia mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas.

Quando se considera o número de países envolvidos e a extensão territorial, o acordo só perde para o Tratado Continental Africano de Livre Comércio, que envolve 44 países da África e foi assinado em março deste ano. Mesmo assim, União Europeia e Mercosul fecharam o maior acordo entre blocos econômicos da história, o que deve impulsionar fortemente o comércio entre os dois continentes.

O acordo de livre comércio eliminará as tarifas de importação para mais de 90% dos produtos comercializados entre os dois blocos. Para os produtos que não terão as tarifas eliminadas, serão aplicadas cotas preferenciais de importação com tarifas reduzidas. O processo de eliminação de tarifas varia de acordo com cada produto e deve levar até 15 anos contados a partir da entrada em vigor da parceria inter-continental.

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o acordo reduz, por exemplo, de 17% para zero as tarifas de importação de produtos brasileiros como calçados e aumenta a competitividade de bens industriais em setores como têxtil, químicos, autopeças, madeireiro e aeronáutico. Um estudo da confederação aponta que dos 1.101 produtos que o Brasil tem condições de exportar para a União Europeia, 68% enfrentam tarifas de importação.

E o agronegócio?

Com a abertura do mercado europeu para produtos agropecuários brasileiros, que são altamente competitivos, mais investimentos devem ser aplicados na própria indústria nacional, já que dados do setor mostram que o agronegócio consome R$ 300 milhões em bens industrializados no Brasil para cada R$ 1 bilhão exportado.

Serão zerados tributos para suco de laranja, frutas, café solúvel, peixes, crustáceos e óleos vegetais. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, destacou que os produtores brasileiros de inúmeros setores ganharão com aumento de vendas ou redução de tarifas.

Em entrevista à imprensa, após o anúncio do acordo, Tereza Cristina disse que produtores rurais brasileiros, de frutas a carnes, serão beneficiados com o tratado comercial. Segundo ela, os ganhos serão para todos, europeus e sul-americanos, em aumento de vendas ou com redução de tarifas, que ocorrerão de forma gradual.

“Não existe acordo em que um só ganha. É claro que ganhamos em algumas coisas mais, outras menos”, ressaltou.

O acordo prevê a eliminação da cobrança de tarifas para suco de laranja, frutas (melões, melancias, laranjas, limões e outras), café solúvel, peixes, crustáceos e óleos vegetais.

Atualmente, 24% das exportações brasileiras entram na UE livres de tributos. Com o acordo, o fim das tarifas de importação chegará a quase 100% das exportações do Mercosul. O restante terá acesso ao mercado europeu por meio de cotas exclusivas e redução parciais de tarifas, que serão adotadas de forma gradual.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os exportadores brasileiros obterão ampliação do acesso, por meio de quotas, para carnes, açúcar e etanol, entre outros. As empresas brasileiras serão beneficiadas com a eliminação de tarifas na exportação de 100% dos produtos industriais.

Serão, desta forma, equalizadas as condições de concorrência com outros parceiros que já possuem acordos de livre comércio com a UE. O acordo reconhecerá como distintivos do Brasil vários produtos, como cachaças, queijos, vinhos e cafés.

Durante a entrevista, a ministra Tereza Cristina recebeu telefonema do presidente Jair Bolsonaro, que está em Osaka (Japão) na reunião do G20, parabenizando toda a delegação brasileira pela conclusão do tratado. “Foi uma feliz coincidência com o trabalho de todos e hoje temos esse acordo histórico depois de 20 anos”, disse a ministra, ao informar que o presidente citou também o trabalho do ministro Paulo Guedes (Economia).

Café Solúvel

O café solúvel está entre os produtos que o Brasil poderá exportar para a Europa com o acordo firmado entre o Mercosul e a União Europeia. A notícia é boa para a indústria e para os cafeicultores que, entre os dias 10 e 11 de julho, estarão reunidos no segundo Fórum Mundial dos Produtores de Café, em Campinas/SP.

O presidente da Cooperativa Minasul, José Marcos Magalhães, disse em entrevista ao Rural Notícias que analisa como a novidade na exportação deve aquecer a demanda e conta quais serão as principais pautas levadas ao encontro.

Cana-de-açúcar

As negociações para açúcar e etanol dentro do acordo entre Mercosul e União Europeia não foram ambiciosas o suficiente, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). “Apesar disso, reconhecemos que foi o melhor possível considerando as limitações impostas pela UE”, diz a entidade, em nota.

Segundo a Unica, o estabelecimento de cotas limita o atendimento da demanda do mercado europeu pelo setor sucroenergético brasileiro. “Contudo, estamos confiantes de que esse é um passo sólido em direção a uma maior abertura comercial”, declara.

A entidade diz que aguarda mais informações sobre volumes e tarifas acordados para avaliar com mais propriedade os impactos para o setor.

Em 2018, o Brasil exportou 349 mil toneladas de açúcar e 43 milhões de litros de etanol para a União Europeia. Até o atual acordo, o açúcar brasileiro tinha cota de 780,9 mil toneladas, com uma tarifa de US$ 98 por tonelada. No caso do etanol, era aplicada uma tarifa de US$ 0,19 por litro, o que praticamente impedia o acesso ao mercado.

Produtos cítricos

A Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) comemorou a inclusão do suco de laranja na lista de produtos que terão tarifas eliminadas no acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia (UE).

Segundo a entidade, o fim gradual das tarifas médias para a entrada da bebida na UE, entre 12,2% e 15%, “melhora a competitividade do suco de laranja em relação a concorrentes como o México, que nos últimos anos conseguiu firmar bons acordos comerciais e aumentou sua participação no mercado mundial de forma significativa”, informou, em comunicado.

A CitrusBR relatou que, em nome das suas empresas associadas – Citrosuco, Cutrale e Louis Dreyfus Company – “reconhece o esforço das autoridades envolvidas e deseja que a tramitação da aprovação deste histórico acordo aconteça com a maior celeridade por parte dos parlamentos dos países membros”.

A entidade informou ainda que as negociações preveem a retirada de tarifas que variam entre 50% imediatamente a partir da entrada em vigor do acordo, passando por desgravações tarifárias que chegam a zero em período de sete a dez anos, nos principais produtos.

“Em termos de volume exportado, o acordo atende os principais NCMs (códigos de identificam a característica de cada produto) e abre espaço para que as empresas adotem diferentes estratégias levando em consideração a nova realidade tarifária”, concluiu.

Frango, suínos e ovos

O Mercosul poderá exportar 180 mil toneladas de carne de frango por ano para a União Europeia, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “O volume acordado é expressivo, suficiente para que o Brasil mantenha sua posição com parceiro em prol da segurança alimentar europeia” ressalta o diretor-executivo da entidade, Ricardo Santin.

A ABPA comemorou o acordo. Além da carne de frango, a parceria também definiu a viabilização de embarques para carne suína e ovos processados brasileiros para o bloco europeu. “Há pelo menos meia década o Brasil realizava investidas para embarcar estes produtos para a UE”, informa a entidade.

De acordo com a associação, 2019 marca um novo momento para o setor de proteína animal do Brasil, com a possibilidade de embarcar um fluxo maior para um dos mais relevantes mercados consumidores globais. “Ao mesmo tempo, o acordo pontuará critérios mais justos e transparentes nos negócios entre os dois blocos”, exalta Francisco Turra, presidente da ABPA.

O lado europeu

Da outra parte do acordo, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker ressaltou a redução de tarifas para alguns produtos do agronegócio do velho continente, como chocolates e itens de confeitaria (20%), vinhos (27%), destilados (20% a 35%) e refrigerantes (20% a 35). “O acordo também proporcionará acesso isento de impostos, sujeito a cotas, para produtos lácteos da UE (atualmente tarifa de 28%), principalmente para queijo”, destaca.

Phil Hogan, comissário de Agricultura e Desenvolvimento Rural, declarou que a parceria é justa, com oportunidades e benefícios para ambos os lados. “Nossos produtos, distintos e de alta qualidade, terão a proteção que merecem em países do Mercosul, apoiando a nossa posição no mercado e aumentando as exportações”, declara.

Princípio de precaução

Uma cláusula incluída nos últimos momentos da negociação entre Mercosul e União Europeia nesta sexta-feira, dia 28, em Bruxelas, está preocupando o setor privado brasileiro. Trata-se do chamado “princípio da precaução”.

O dispositivo deixou em alerta especialmente o agronegócio porque, dependendo da abordagem, pode permitir a imposição de barreiras para a compra de produtos considerados suspeitos por uso de agrotóxicos proibidos ou criados em áreas ilegais de desmatamento, mesmo sem comprovação científica.

Criada e defendida pela UE, a medida é rechaçada por outros países – como os Estados Unidos – e difere do regimento previsto pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Ao invocar o princípio da precaução, os governos europeus simplesmente bloqueiam importações sem que haja qualquer investigação sobre os eventuais danos que esses bens causariam durante a sua produção.

Até duas semanas atrás, o assunto era visto como inegociável pelo Ministério da Agricultura. A pasta considerava que a medida se tornaria um instrumento de protecionismo em meio a um acordo de liberação de comércio. Foi preciso, no entanto, ceder e incorporá-lo ao acordo para que ele fosse concluído. Segundo uma fonte próxima as negociações, essa foi a ‘última fronteira negocial’.

A solução, afirma um integrante do Itamaraty, foi incluir uma “blindagem” para evitar que os europeus “abusem” do mecanismo. A íntegra do documento ainda não foi divulgada. Mas, segundo negociadores do lado brasileiro, foi possível proteger o Mercosul do uso indiscriminado do princípio da precaução.

De acordo com o Itamaraty, há um dispositivo que torna obrigatória a revisão periódica da medida, além de garantir a necessidade da apresentação de provas científicas para os consumidores interromperem compras preventivamente. Além disso, os integrantes do Mercosul teriam cedido aos europeus com a condição de que o princípio constasse apenas no capítulo “desenvolvimento sustentável” do acordo.

O trecho do texto traz ideias e diretrizes a serem seguidas pelos países membros de ambos os blocos, mas não trata de normas vinculantes às quais todos estarão obrigados. O princípio de precaução teria ficado de fora do capítulo que envolve questões sanitárias e fitossanitárias e também do capítulo que envolve barreiras técnicas.

Para um representante do setor do agronegócio, a inclusão do princípio de precaução no capítulo sanitário seria “um absurdo” e representaria um “dano enorme” ao Brasil. O capítulo é descrito pela UE como “ambicioso” e trata, entre outras coisas, de segurança alimentar.

Preocupada com a reação dos países do bloco, a UE afirma que nada no acordo muda o jeito que o bloco adota suas regras de segurança alimentar para produção doméstica ou produtos importados. A UE também destaca que o acordo explicita o princípio de precaução, que, de acordo com o texto, significa que autoridades públicas possuem o direito de agir para proteger seres humanos, animais e vegetais diante de um possível risco, até mesmo quando análises científicas não forem conclusivas.

Vinhos

Incluídos à revelia no acordo de livre-comércio com a UE, os produtores brasileiros de vinhos receberão ajuda do governo nos próximos anos. O pacote em negociação é amplo e inclui desde a criação de um fundo para a modernização do setor até a redução de impostos, segundo três fontes a par das tratativas ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Os europeus faziam questão de incluir no acordo a abertura do mercado de vinhos no Mercosul. Os produtores brasileiros resistiam sob argumento de que os europeus recebem subsídios e têm acesso a financiamentos que os colocam em vantagem na hora de competir.

O governo, antevendo que a inclusão do setor seria necessária para fechar o tratado, iniciou as conversas com representantes dos produtores há algumas semanas na tentativa de diluir as resistências por parte dos produtores. As negociações foram conduzidas pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, mas tiveram aval da equipe econômica, comandada pelo Ministro Paulo Guedes.

Segundo uma fonte do Palácio do Planalto, o governo formatou um “pacote de produtividade irrecusável” para o setor. Ficou acertado que, de pronto, será assinado um acordo de cooperação técnica com a indústria do vinho, prevendo a criação de um fundo para financiar a modernização da indústria.

Esse fundo terá recursos de empresas do setor, a princípio. Mas o plano é aproveitar ainda instrumentos que já existem hoje, como seguro agrícola, e também direcionar ao setor recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), segundo uma fonte do Ministério da Economia.

O governo prometeu também analisar como poderá reduzir os impostos que incidem sobre insumos, como rolha, garrafa e sumo da uva, e para o maquinário, além de estudar de que forma pode melhorar as condições de financiamento hoje para o setor.

“Temos uma demanda histórica ao governo brasileiro pedindo a redução dos impostos. Com o acordo com a UE, a nossa situação se agravará. Nosso receio não é com a concorrência. Vamos concorrer com o subsídio europeu e com alta carga tributária interna. Em cima de uma garrafa de vinho, 55% são impostos. Vira uma concorrência desleal”, diz Oscar Ló, presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).

No acordo fechado em Bruxelas, o Mercosul se comprometeu a zerar as tarifas de importação para vinhos europeus em até doze anos. As conversas com o setor vitivinícola estão avançadas, mas o setor de laticínios também pode conseguir compensações. Segundo um integrante do governo, no acordo, os produtos da UE, como queijos, terão alíquota zerada em até oito anos.

Prazos

Para os países do Mercosul, bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai (e Venezuela, que está suspensa), o acordo prevê um período de mais de uma década de redução de tarifas para produtos mais sensíveis à competitividade da indústria europeia. No caso europeu, a maior parte do imposto de importação será zerada tão logo o tratado entre em vigor.

“Esse acordo dá nova vida para o Mercosul, que nunca tinha feito uma negociação com grandes países, mas apenas com nações de economia pequena, como Egito e Palestina. Agora, de fato, demonstra-se valor do Mercosul”, afirma Ammar Abdelaziz, consultor da BMJ Consultoria.

Na opinião do embaixador José Botafogo Gonçalves, vice-presidente do Centro Brasileiro Relações Internacionais (Cebri) e ex-ministro da Indústria e Comércio do governo Fernando Henrique Cardoso, além das vantagens comerciais do acordo, há uma perspectiva de melhor coordenação regulatória entre os países do Mercosul.

“Esse acordo aumenta a responsabilidade da união aduaneira, que é o Mercosul, na coordenação de suas políticas macroeconômicas, de maior convergência nas políticas de comércio. Argentina, Paraguai e Uruguai têm que se dar conta que o destino deles é comum”, afirma.

Comércio e investimentos

Estimativas do Ministério da Economia indicam que o acordo representará um aumento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) brasileiro de US$ 87,5 bilhões em 15 anos, podendo alcançar até US$ 125 bilhões se for considerada a redução das barreiras não tarifárias e o incremento esperado na produtividade.

O aumento de investimentos no Brasil, no mesmo período, será da ordem de US$ 113 bilhões. Com relação ao comércio bilateral, as exportações brasileiras para a União Europeia apresentarão quase US$ 100 bilhões de ganhos até 2035.

“Com a ampliação da pauta de comércio, tanto importações e exportações, você favorece as trocas comerciais com quem você fez acordo, você cria comércio com essa parte e desvia comércio com outra parte. Vejo como uma estratégia de geopolítica importante, ficamos menos dependentes, por exemplo, da exportação de commodities para países como a China. Se a China trava o mercado, você não tem para quem exportar. Agora, esse cenário fica mais favorável”, prevê  a economista Danielle Sandi, professora do Departamento de Administração da Universidade de Brasília (UnB).

Multilateralismo

O acesso privilegiado ao mercado europeu é considerada uma das negociações mais complexas de se costurar e, por isso, o anúncio desse acordo cria um ambiente positivo para que o Mercosul possa consolidar outras negociações.

“É um acordo com um dos blocos mais difíceis em questões de exigências sanitárias ou fitossanitárias, por isso creio que vai facilitar negociações com outros países e blocos, como os que estão andamento com o Canadá e os países do norte da Europa”, afirma Ammar Abdelaziz.

O acordo também legitima o livre comércio e o multilateralismo, que têm estado sob constante ataque por causa da guerra comercial entre China e Estados Unidos e adoção de medidas protecionistas por diversos país. “O acordo pode mostrar um fôlego nessa questão do multilateralismo. O comércio é o principal motor disso, mas isso pode ser possível em outras áreas das relações internacionais também sejam estimuladas”, aponta Danielle Sandi.

Para o embaixador José Botafogo Gonçalves, há uma crise do multilateralismo, por isso o acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul tem um peso geopolítico fundamental no momento.

“Quando se fala de multilateralismo comercial, que é o objetivo da OMC [Organização Mundial do Comércio], nós temos que reconhecer que há uma crise. O mundo não está preparado nem sei se vai voltar ao momento anterior à essa crise. Enquanto isso não ocorre, você tem que ir para o regionalismo, então o acordo entre Mercosul e UE preenche um vácuo deixado pelo multilateralismo”, avalia.

Ratificação

Mesmo após 20 anos de negociação, ainda falta um longo caminho para que o acordo entre Mercosul e UE, de fato, entre em vigor. Isso porque o tratado precisa ser ratificado e internalizado por cada um dos Estados integrantes de ambos os blocos econômicos. Na prática, significa que terá o acordo terá que ser aprovado pelos parlamentos e governos nacionais dos 31 países envolvidos, uma tramitação que levará anos e poderá enfrentar resistências.

No caso da UE, o texto estará disponível em 23 idiomas. No Brasil, o Ministério das Relações Exteriores realizará também a revisão dos aspectos jurídicos e formais.

Quando o texto estiver devidamente revisado e traduzido, ele estará pronto para assinatura. A Comissão Europeia irá encaminhar o acordo ao Conselho da UE, que decide sobre a assinatura formal. É definida, então, uma data com o Mercosul para a assinatura do acordo.

Após a assinatura, a Presidência da República encaminha o acordo para o Congresso Nacional, para apreciação pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Se aprovado, o Senado autoriza o Poder Executivo a ratificar o acordo. No que se refere à UE, o acordo é encaminhado para votação no Parlamento Europeu.

A parte econômica do acordo poderá entrar em vigor provisoriamente após a aprovação pelo Parlamento Europeu e a ratificação pelos países do Mercosul. A parte política dependerá, ainda, da ratificação do texto pelos Estados-Parte da UE.

“Tem uma tendência de haver resistência nos Parlamentos de países europeus, especialmente de partidos nacionalistas e também os ambientalistas”, diz Ammar Abdelaziz, da BMJ Consultoria. Segundo ele, não dá para estipular um prazo para a finalização dessa ratificação por parte dos europeus. No caso brasileiro, o trâmite também pode ser longo. “Em média, o Brasil leva em torno de três a quatro ano para ratificar acordos internacionais, não vai ser menos que isso”.

É só no médio prazo que os efeitos mais concretos do acordo de livre comércio poderão ser sentidos pela população em geral, como eventuais queda no preço de produtos importados e, principalmente, aumento de investimentos e crescimento da economia. “A perspectiva desse acordo para o cidadão comum é que a expansão do comércio se reflita na expansão do PIB, e a partir do crescimento da economia haja mais geração de emprego e renda e aumento da arrecadação para o governo”, explica Danielle Sandi, da UnB.

Relembre os principais fato do acordo

O Canal Rural preparou uma linha do tempo, para relembrar os principais fatos durante cerca de 20 anos de negociações.

1995: Assinatura do acordo-quadro de cooperação inter regional Mercosul-União Europeia

1999: Fixação do objetivo de iniciar as negociações do acordo, com seus três pilares – comercial, político e cooperação

2000 à 2004: Fase de negociações – elaboração de textos negociadores e troca de duas ofertas de compromissos tarifários. As partes consideraram insatisfatórias as ofertas de acesso a bens

2010: Relançamento das negociações birregionais. Melhoria das ofertas de bens em relação a 2004, sem exclusões setoriais e apresentação de ofertas de acesso aos mercados de serviços e compras governamentais

2010 à 2012: Segunda fase de negociações – avanço dos textos negociadores, mas sem troca de ofertas

2016 à 2019: Terceira fase de negociações – em maio de 2016, as Partes intercambiaram ofertas de acesso aos mercados de bens, serviços e compras governamentais. Nova troca de ofertas ocorreu entre dezembro de 2017  e janeiro de 2018.

De 2016 a 2019: As partes negociaram textos de maior complexidade temática, que refletem o estado da arte dos acordos mundiais

2019: Na reunião de ministros realizada, em Bruxelas, foi realizado o anúncio político da conclusão da parte comercial do Acordo de Associação Mercosul-UE

Opinião

Entidades do agronegócio comemoraram o acordo comercial firmado entre a União Europeia e o Mercosul nesta sexta, dia 28. Mas, para o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, a decisão foi precipitada, porque aconteceu em decorrência do atrito entre os Estados Unidos e a China, além de obrigar a indústria agropecuária a ir atrás de mais competitividade, o que poderia não acontecer em tempo suficiente para entrar no mercado europeu.

Fonte: Canal Rural, com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo
Foto: Prefeitura Municipal de Paranavaí/PR

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Agro Notícias

Agrishow divulga data para início das vendas de ingressos para a feira de 2024

Considerada a maior feira agropecuária do país, Agrishow será realizada de 29 de abril a 03 de maio em Ribeirão Preto (SP)

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Agrishow divulga data para início das vendas de ingressos para a feira de 2024

Na última semana, a Agrishow divulgou a data para o início das vendas de ingressos para a feira que acontece de 29 de abril a 03 de maio em Ribeirão Preto (SP). Considerada a maior feira agropecuária do país, a feira recebe e produtores e interessados no seguimento de diversos cantos do país.

Agrishow 2024

Então, anote na agenda, se você tem interesse em visitar a feira, os ingressos começarão a ser vendidos na próxima segunda-feira (22) com desconto. De acordo com o Globo Rural, os primeiros lotes de ingresso custarão R$ 60 e poderão ser adquiridos até o dia 26 de fevereiro. A partir desta data, o valor passará a ser de R$ 70, subindo para R$ 120 nos dias do evento.

Vale destacar que em 2023, a feira reuniu mais de 800 marcas expositoras e mais de 195 mil visitantes qualificados em 530.000 m² de área, apresentando o que há de mais novo neste show de tecnologia rural.

Demais informações podem ser conferidas no site oficial da feira ou através das redes sociais @feiraagrishowoficial.

Por Heloisa Alves/Portal Cavalus
Foto de chamada: Divulgação/Agrishow

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Agro Notícias

Ex-Ministro da Agricultura do Brasil é indicado ao Prêmio Nobel da Paz 2021

Alysson Paolinelli é uma figura importante para o agro brasileiro, com diversos feitos de destaque no setor

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O diretor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Durval Dourado Neto, protocolou a indicação de Alysson Paolinelli ao Prêmio Nobel da Paz 2021. A nomeação, portanto, já está com o Conselho Norueguês responsável por premiar os vencedores, o The Norwegian Nobel Committee.

Antes de mais nada, especialistas confirmam indicação de Alysson Paolinelli ao Prêmio Nobel da Paz 202 com base na sua dedicação ao conhecimento científico e desenvolvimento da agricultura tropical.

Alysson Paolinelli é ex-Ministro da Agricultura e fundador – no final da década de 60 – da Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola (Embrapa). Mineiro de Bambuí nasceu em 1936 e formou-se em 1959 em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Lavras.

Feitos

Em 1971, Paolinelli assumiu a Secretaria de Agricultura de Minas e criou incentivos e inovações tecnológicas para o Estado. Nessa época, por exemplo, Minas Gerais era o maior produtor de café do Brasil.

Alguns anos depois, aceitou o cargo de ministro da Agricultura no governo de Ernesto Geisel (1974 a 1979). Como Ministro, modernizou a Embrapa e promoveu a ocupação econômica do Cerrado. Envolvido na política, em 1986 elegeu-se deputado federal por Minas Gerais. 

Alysson Paolinelli, figura importante para o agro brasileiro, foi indicado pelo diretor da Esalq ao Prêmio Nobel da Paz 2021
Foto: Agência Senado

O indicado brasileiro ao Prêmio Nobel da Paz 2021 sempre incentivou a pesquisa, a ciência e a tecnologia. De tal forma que, entre outros feitos, implantou um programa de bolsa de estudos para estudantes brasileiros em diversos centros de pesquisa em agricultura pelo mundo.

Cuidou também da reestruturação do crédito agrícola e do reequacionamento da ocupação do bioma amazônico. Sobretudo, foi com a iniciativa de Paolinelli que o Brasil se tornou uma potência alimentar para todo o planeta.

Tem fama de, desde jovem, ter talento para revolucionar setores inteiros. Sua carreira conta ainda com o cargo de presidente do Banco do Estado de Minas Gerais, assim como presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Em 2006, Paolinelli ganhou o prêmio World Food Prize, o equivalente ao Nobel da alimentação. De acordo com o site da Esalq, em junho do ano passado assumiu como Titular da Cátedra Luiz de Queiroz de Sistemas Agropecuários Integrados.

Fonte: Esalq, Wikipedia, Canal Rural
Crédito da foto de chamada: Divulgação/Esalq

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Agro Notícias

5G vai trazer US$ 77 bilhões para agricultura

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Transformação digital para a agricultura pode ser “um dos motores da recuperação econômica do país no pós-pandemia”

A chegada da internet 5G no Brasil deve ampliar em cerca de US$ 77 bilhões os ganhos na agricultura. É o que aponta estudo elaborado em conjunto pela Nokia e pela Omdia. Representará, acima de tudo, uma “verdadeira transformação digital. Assim como impulsionará a produtividade na América Latina. Principalmente no Brasil, com ganhos significativos para a economia”.

De acordo com o White Paper ‘Why 5G in Latin America?’, o impacto econômico estimado é de até um ponto percentual a mais no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Conforme os autores, essa transformação digital pode tornar-se “um dos motores da recuperação econômica do país no pós-pandemia”.

Destaque

O estudo aponta o cenário brasileiro com destaque. A expectativa é que o 5G tenha um impacto de até US$ 1,2 trilhão no Produto Interno Produto do país no período de 2021 até 2035. “Os setores mais positivamente impactados serão: Tecnologia, Informação e Comunicação (US$ 241 bilhões). Em seguida, Governo (US$ 189 bilhões), Manufatura (US$ 181 bilhões), Serviços (US$ 152 bilhões). Por fim, Varejo (US$ 88 bilhões), Agricultura (US$ 77 bilhões) e Mineração (US$ 48,6 bilhões)”.

Aliás, o documento ainda aponta que a agricultura no Brasil é altamente produtiva. Sobretudo, orientada para a exportação, com importantes efeitos em outras indústrias. A saber: Manufatura e Serviços. Por isso, o 5G tem o potencial de ser a única camada necessária para conectar casos de usos diferentes.

Por exemplo, coleiras de animais, sistemas de irrigação, sensores de equipamentos, câmeras, veículos autônomos e UAVs (drones). A maioria das fazendas no Brasil não possui cobertura de celular, portanto os ganhos potenciais são grande. Conectar a força de trabalho e a infraestrutura pode ter um impacto significativo na produtividade do setor. Principalmente, considerando a possibilidade de avançar diretamente para o 5G.

Análise

Ari Lopes, analista sênior da Omdia, afirma que o 5G terá força. De acordo com ele, “trará grandes impactos para a sociedade e muitos benefícios também. O estudo voltado para a América Latina com a Nokia traz informações interessantes. Antes de mais nada, de como a tecnologia poderá ser aproveitada e o que há em jogo com o atraso da adoção do 5G”.

Para Wilson Cardoso, diretor de soluções da Nokia para a América Latina, o 5G “não é apenas um G. Proporcionará a digitalização da sociedade e todas as máquinas, equipamentos e sensores. Um grande impulso na economia. Além de que todos os elementos conectados irão buscar e trazer informações. Estamos ansiosos em contribuir para o debate público sobre a importância da adoção do 5G na América Latina e no Brasil”.

5G vai trazer US$ 77 bilhões para agricultura. Transformação digital pode ser um dos motores da recuperação econômica do país no pós-pandemia
Foto: Pixabay

CNA mostra que agro abre 86,2 mil vagas e lidera expansão de vagas de janeiro a julho de 2020

O setor agro abriu mais de 86,2 mil postos de trabalho de janeiro a julho deste ano. Como aponta análise feita pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Ao analisar dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia.

A agropecuária seguiu liderando a geração de novas vagas de trabalho em 2020. Depois de ser o único setor de atividade econômica a abrir vagas no primeiro semestre do ano. Foram 62.663 mil no acumulado dos primeiros seis meses. Segundo o levantamento, em julho o setor apresenta novo saldo positivo com a abertura de mais 23 mil vagas.

Os principais segmentos que mais abriram vagas em julho foram produção de lavouras temporárias, produção de lavouras permanentes. E ainda hortícolas, criação de bovinos, florestas plantadas, criação de aves e criação de suínos. Principalmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Bahia.

O setor da construção civil também teve aumento dos postos de trabalho, com 8.742 mil de janeiro a julho. Acesse o comunicado técnico da CNA e veja o comparativo entre os setores da economia e o saldo líquido de vagas entre janeiro e julho de 2020.

Fonte: Agrolink / CNA
Crédito da foto: Portal Campo e Negócios

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Agro Notícias

3 mil caminhões estão atendendo pecuaristas por aplicativo

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O serviço, voltado para criadores de todos os portes, permite a contratação de frete e seguro por meio do celular

De olho no potencial da pecuária brasileira, o braço de transportes da JBS está investindo um milhão de reais no Uboi, aplicativo que atende pequenos, médios e grandes pecuaristas. A ideia, portanto, é usar a frota do grupo para transportar gado de terceiros, um nicho de negócio altamente especializado e com grande demanda no Brasil.

De acordo com a revista Exame, o volume de abates no país gira em torno de 35 milhões de cabeças ao ano. Para cada bovino abatido, ocorrem pelo menos dois transportes – entre engorda e destino final. Com isso, o potencial desse nicho de negócio é de no mínimo 70 milhões de cabeças transportadas por ano.

O serviço do Uboi poderá ser contratado, inicialmente, por produtores dos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e na região do Vale do Araguaia, Mato Grosso. A meta é ampliar o alcance nos próximos meses para áreas que contam com operações da JBS.

100% monitorado, para o Uboi são três mil veículos para transporte de gado, somando a frota própria, de 600 caminhões, e a terceirizada. Além disso, o aplicativo é muito intuitivo e que, em três telas é possível fazer o pedido do frete. Para os pecuaristas mais tradicionais, com pouca intimidade com tecnologias, a empresa também tem atendimento por telefone.

Sem metas, o Uboi deve continuar expandindo a oferta para outras regiões do país. O entrevistado da revista Ricardo Gelain, diretor da JBS Transportadora, disse que esse é um segmento extremamente pulverizado. A ideia é entender este mercado, mas ainda não definiram metas, e querem profissionalizar o transporte de gado no país.

Fonte: Exame
Credito da foto: Divulgação/JBS

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Congresso Brasileiro do Agronegócio trata dos desafios do setor

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Evento, acima de tudo, apontará os caminhos para o agro depois da pandemia

A responsabilidade do agronegócio brasileiro em levar alimentos à mesa das famílias no país e no mundo foi posta à prova  com o distanciamento social imposto pela pandemia da Covid-19. E, o setor respondeu de maneira contundente, ao manter sua produção, a fim de garantir o abastecimento em supermercados, feiras livres e centrais de alimentos.  

Mesmo assim, o segmento está enfrentando desafios, com a brusca transformação imposta pelo vírus. Por isso, precisou acelerar a adoção de tecnologias, de processos e gestão, como forma de sustentar toda a cadeia produtiva.

Em meio a esse novo cenário, a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), cumprindo seu papel de trabalhar para o desenvolvimento do agro nacional, decidiu promover o Congresso Brasileiro do Agronegócio (CBA) em parceria com a B3 – Brasil, Bolsa, Balcão, um dos eventos mais relevantes do universo do agronegócio brasileiro. Marcado para o dia 3 de agosto, a partir das 9h, terá um formato totalmente virtual. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas diretamente no site oficial. 

De acordo com o Marcello Brito, presidente do Conselho Diretor da ABAG, o segmento está buscando entender seu papel depois da pandemia. Com a finalidade de, ainda, direcionar seus esforços para manter sua produtividade e competitividade em um cenário global de crise. Brito receberá a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, na solenidade de abertura do evento online. 

Congresso Brasileiro do Agronegócio trata dos desafios do setor. O evento, acima de tudo, apontará os caminhos para o agro depois da pandemia

Destaques do Congresso Brasileiro do Agronegócio

Desse modo, para responder os principais questionamentos dos produtores rurais e profissionais do agro, a ABAG optou por dividir o Congresso Brasileiro do Agronegócio em três painéis. Moderados pelo jornalista William Waack. São eles: O Agro Brasileiro e a Crise Global, Mercado Financeiro, Seguro e Crédito Rural e O Agro e A Nova Dinâmica Econômica, Social e Ambiental. 

Em cada um deles, os internautas acompanharão o depoimento de uma importante personalidade nacional. como o Embaixador do Brasil junto à União Europeia, Marcos Galvão, o Presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto. E ainda o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Celso Luiz Moretti.  

Além disso, em todos os painéis, os participantes também poderão fazer perguntas durante os debates. Serão respondidas pelos especialistas dos segmentos do agronegócio e da economia, da indústria alimentícia, de institutos de pesquisa e do comportamento social e humano.

Para Marcello Brito, neste momento desafiador pelo qual passa o planeta, o Congresso Brasileiro do Agronegócio ressalta o esforço do agro nacional em trazer avaliações que colaborem para um entendimento sobre os caminhos a seguir em um futuro próximo. O presidente da ABAG também será responsável pelo encerramento do evento junto com o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, atual coordenador do GVagro da FGV.   

Fique por dentro: congressoabag.com.br.

Fonte: Assessoria de Imprensa
Crédito da foto: Pexels

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Seminário virtual aproxima jovens rurais e promove troca de experiências

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3º Seminário Regional de Juventude Rural cumpriu a proposta de valorização do trabalho e vida no campo e de troca de experiências

3º Seminário Regional de Juventude Rural cumpriu a proposta de valorização do trabalho e vida no campo e de troca de experiências

Pelo primeiro ano com edição virtual, o 3º Seminário Regional de Juventude Rural cumpriu sua proposta de oportunizar um espaço de valorização do trabalho e vida no campo e de troca de experiências entre jovens rurais.

Promovido pela Emater/RS-Ascar, em parceria com a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), o evento teve 881 inscritos. E foi realizado exatamente no Dia da Juventude Rural, 15 de julho, com transmissão foi feita pelas redes sociais da instituição.

O secretário Covatti Filho, que também é um jovem de 32 anos, lembrou o desafio de ser secretário de Estado. Acima de tudo, em busca constante pela modernização dentro da gestão pública.

Segundo ele, também é um desafio numa propriedade fazer a sucessão rural, e ela é necessária, até porque o futuro depende dessa nova geração. “Visto que precisam de tecnologia, de oportunidades e é isso que a Emater nos ajuda a fazer essa construção. Por isso este seminário”, ressaltou Covatti.

Jovem quer permanecer

Na oportunidade, o presidente da Emater/RS, Geraldo Sandri, avaliou que se fala-se muito em fixar o jovem no campo e esta é a semana para o debate aprofundado do tema. Ademais, considerado fundamental para o meio rural.

“Sucessão não é apenas ficar no campo. É a garantia de alimentos, de continuidade do fornecimento de produtos de qualidade, com os jovens trazendo novas técnicas, novas ideias, novas tecnologias, com mais gestão e, consequentemente, maior resultado. A ideia de planejar e administrar para ter bons resultado é essencial”, frisa.

Sandri ressaltou que o RS possui 2,7 milhões jovens entre 12 e 29 anos, sendo que 350 mil (12%) estão no meio rural. De fato, um percentual que vem se mantendo ao longo do tempo. Ele ressalta ainda que a maioria dos estudos indica que parte dos jovens deseja permanecer no campo e construir projetos futuros na própria localidade.

“Os pais valorizam o conhecimento, mas nem sempre o conhecimento é usado na propriedade. Então eu diria que a valorização desse conhecimento e sua aplicação na propriedade são fundamentais para que a juventude se sinta reconhecida, emancipada e passe a ter independência”.

Sandri destacou que a Emater/RS-Ascar está investindo mais na capacitação da juventude, a partir de suas demandas. Sobretudo, ouvindo a família, valorizando o planejamento e dando uma atenção especial ao jovem. “Possibilitando ouvir os anseios para junto com os pais fazer o casamento perfeito para que as coisas aconteçam, ouvindo os jovens antes de agir”.

Exemplos

O jovem Diego Terlan Baldissera e seu pai, Adelir Paulino Baldissera, do município de Machadinho, além de relatarem suas experiências sobre a importância das políticas públicas na sucessão rural familiar, deram uma aula sobre relação familiar.

“Como pai tenho obrigação de dar apoio ao meu filho. Eu, quando jovem, estudei, trabalhei seis anos fora da propriedade e depois voltei”, conta Adelir. Na propriedade, a família trabalha com piscicultura e erva-mate e o filho, diz o pai, está dando conta do recado.

Já a jovem Alessandra Vinhaga, do município de Coxilha, que decidiu ficar no meio rural cuidando da atividade leiteira, mostrou o protagonismo e a força jovem feminina no meio rural. “Estou realmente realizada, faço meu trabalho com amor e é possível ganhar dinheiro”.

Durante o Seminário foi exibido um vídeo com depoimentos de jovens da região de Passo Fundo, que já estão inseridos no processo produtivo, mostrando o lado positivo de viver e trabalhar no meio rural.

O evento contou ainda com uma participação especial de Ed Júnior, César Grisa e Carlos Magrão, integrantes do grupo Multivozcional, que trouxeram arte e música.

Avaliação

Para a Gerência Regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, composta por Oriberto Adami e Dartanhã Luiz Vecchi, o evento superou as expectativas. Acima de tudo, cumpriu o papel de dar voz aos jovens, promovendo uma troca de experiência com os relatos feitos por eles mesmos e aproximando os jovens das lideranças do setor agropecuário.

“Com este seminário buscamos levar informações, proporcionar trocas de experiências entre jovens rurais, famílias e extensionistas, mostrando o potencial do rural. Também nos propomos motivar ações como a de olhar para a propriedade e identificar suas belezas”, afirma a extensionista da Emater/RS-Ascar e coordenadora do evento, Doriana Miotto.

Ela acrescentou a importância da música, da cultura, da arte, da inovação tanto na produção. Assim como em ações sociais, valorizando o trabalho na propriedade, mas também incentivando a interação, a liderança e a construção de um mundo melhor. “Hoje é o Dia Estadual do Jovem Rural, desejamos a todos muito sucesso em todas as suas escolhas e força para continuar na bela missão de alimentar o mundo”.

Fonte: Agrolink
Crédito da foto: Divulgação/Pexels

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O impacto da Covid-19 na produção de proteína animal

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O impacto da Covid-19 na produção de proteína animal Os primeiros sintomas já podem ser sentidos no agronegócio, com a queda nos preços das carnes e a possível tendência de se agravar com o aumento do desemprego

Os primeiros sintomas já podem ser sentidos no agronegócio, com a queda nos preços das carnes e a possível tendência de se agravar com o aumento do desemprego

O agronegócio brasileiro tem um importante papel a cumprir no novo cenário mundial: ajudar a alimentar o mundo, seja na produção de grãos ou de proteína animal. O impacto da Covid-19 representa uma nova reorganização da sanidade humana e animal em um momento de fragilidade que se espalhou pelo mundo em uma velocidade extraordinária.

Para debater o tema, o grupo Aqua Capital – fundo de investidas do agronegócio e detentor da empresa YesSinergy – organizou uma live especial. Houve a participação, principalmente, do CEO da Yes, Luciano Roppa. E ainda do professor de Agronegócio Global do Insper, Marcos Jank e, do ex-CEO da Marfrig, Eduardo Miron. O trio analisou a Covid-19 sob o prisma do agronegócio. A iniciativa contou com o engajamento online de mais de 500 pessoas.

“2020 caminhava para ser um ano incrível para o mercado de carnes. Sobretudo, em virtude da China ainda não ter resolvido totalmente o problema de desabastecimento causado pela peste suína africana. Agora, o cenário é completamente incerto. As reais consequências da Covid-19 estão sendo conhecidas apenas no dia a dia, na medida em que a crise vai evoluindo”, avalia o CEO da Yes, empresa que desenvolve soluções biotecnológicas para uma nutrição animal eficaz, segura e sustentável.

Roppa reforça ainda que, “para quem está dentro da granja, não havia como se planejar para uma situação como essa, principalmente depois de um primeiro trimestre excelente com crescimento de 33% nas exportações de carne suína, 9% de carne de frango e 5% de carne bovina. Mas, o coronavírus saiu da Ásia e chegou até nós”.

Marcas

A Covid-19 atingiu o Brasil em seu momento de produção máxima em todos os setores de proteína animal, pois havia grandes expectativas de exportações e melhora da demanda interna. Com os primeiros sintomas da enfermidade desde o início do isolamento, o desemprego entre os informais aumentou. E, por fim, chegou ao setor agrícola. Se o consumidor não tem renda, ele passa a selecionar o que consome e, no agronegócio, o reflexo é confirmado no aumento da demanda por carne de frango e ovos.

“Percebemos que as cadeias começaram a sentir os impactos a partir da semana do dia 30 de março, com o início da retenção. Houve queda na venda de carnes na casa de 30% e o frango chegou a R$ 2,90 no mercado. A carne bovina começou a apresentar represamento nos cortes nobres, e a suinocultura também tanto nos produtores quanto nos frigoríficos”, detalha Roppa.

Consumo

Sobre o consumo, Eduardo Miron alerta que a mudança já começa a beneficiar as proteínas mais baratas e a cadeia avícola tem vantagem nesse cenário. No entanto, ela precisa se manter atenta, já que com o aumento da velocidade e necessidade dos mercados poderá ocorrer um sufocamento na cadeia de frango, que corre o risco de sofrer um oversupply.

Em exportação, e adiantando-se à depressão do mercado interno, Roppa indica que essa é uma oportunidade para os suinocultores e avicultores, que, ao exportar, trazem uma receita importante que não virá internamente.

Insegurança alimentar em um mundo em desenvolvimento

Para Marcos Jank, a pandemia passa de uma crise de saúde para uma crise de segurança alimentar também, já que a recessão, as rupturas nas cadeias de suprimentos e as restrições ao comércio internacional podem causar desabastecimento, volatilidade de preços, pânico e instabilidade social. “Agora começam as restrições ao comércio internacional alimentar, com o retorno do estado-nação, controles rígidos de fronteiras e favorecimento da produção e dos produtores locais”.

Nesse momento, segundo o professor, as melhores medidas para mitigar uma crise global de segurança alimentar consistem no monitoramento de mercados e preços, em manter a população bem informada, assim como os mercados abertos para a transação internacional, evitando interrupções das cadeias de suprimento. Além disso, o apoio aos agricultores é essencial, bem como garantir a nutrição infantil com a merenda escolar.

Jank pontua que o Brasil tem agora o momento de se afirmar no mundo como um importante abastecedor global de alimentos. “O País precisa liderar a discussão mundial sobre a consistência dos sistemas de vigilância e controle de doenças que atingem animais e humanos”.

Conclusão

A Covid-19 trouxe um novo pensamento para o mundo de que é preciso pensar nas questões sanitárias, E, acima de tudo, combater o uso de carnes de animais selvagens, que pode ter dado origem ao novo coronavírus. “O Brasil pode ser protagonista nessa área de debate global de sanidade animal no mundo. Temos muito a dizer pelo papel que já cumprimos em termos de segurança alimentar e sustentabilidade”, afirma Jank.

“O brasileiro tem por essência uma grandeza única, afinal somos os maiores produtores de alimentos do mundo. O nosso produtor não abandona sua missão de alimentar o Brasil e o mundo. Acredito nisso, pois participo dessa cadeia há 48 anos e sei da fibra e do valor dos nossos produtores rurais”, finaliza Roppa.

Fonte: Assessoria de imprensa
Crédito da foto: Divulgação/ Pexels

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Sistema CNA/Senar defende ampliação da conectividade no campo

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Sistema CNA/Senar defende ampliação da conectividade no campo Seminário online debateu a importância da conectividade no campo

Seminário online debateu a importância da conectividade no campo

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) debateu a relevância da conectividade no campo durante seminário sobre a importância das redes privativas para o sucesso da tecnologia 5G no país. A reunião aconteceu por videoconferência na quarta (10).

Assim sendo, o coordenador técnico do Instituto CNA, Joaci Medeiros, falou sobre a atuação do Sistema CNA/Senar com o intuito de levar a conectividade ao meio rural.

“Entendemos a importância do desenvolvimento de políticas públicas que facilitem o acesso às inovações tecnológicas. E, ainda, proporcionem a fixação das famílias no campo, o aumento da renda, da produtividade e da segurança rural”, destaca.

Na avaliação do coordenador, a falta de conectividade é um dos principais gargalos enfrentados pelo agro. “Dos mais de 5 milhões de estabelecimentos rurais existentes no Brasil, cerca de 72% são propriedade offlines, ou seja, não têm qualquer tipo de conexão. Nem mesmo aquelas mais simples, como chamada de voz”, observa.

Dessa forma, para superar esses obstáculos, Joaci explicou que o Sistema CNA/Senar está desenvolvendo projetos para ampliar e melhorar a conectividade em áreas rurais. Desde o segundo semestre de 2019, estão sendo realizados testes que estudam a viabilidade de conexão por satélite e cobertura terrestre.

“Pela relevância da agropecuária para a economia, acreditamos que a priorização da conectividade no meio rural vai gerar benefícios para todo o País, tendo em vista que o setor é responsável por 43% das exportações brasileiras, emprega 44% da mão-de-obra e é responsável por mais de 20% do Produto Interno Brasileiro”, disse.

Fonte: Notícias Agrícolas | CNA/Senar
Crédito da foto: Divulgação/ RCIA Araraquara

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27ª edição da Agrishow é adiada para 2021

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Diante do atual cenário, empresa organizadora reagendou a feira para ser realizada de 26 a 30 de abril, em Ribeirão Preto

A empresa organizadora da Agrishow – uma das maiores feiras agrícolas no mundo -, informou através de nota oficial que optou por adiar a 27ª edição do evento, que aconteceria neste ano, para 2021. Dessa forma, a feira será realizada de 26 a 30 de abril, em Ribeirão Preto/SP.

De acordo com a nota oficial, a empresa estava aguardando as novas diretrizes do Governo do Estado de São Paulo e da Prefeitura do Município de Ribeirão Preto. Isso com relação à reabertura gradual dos negócios e, consequentemente, dos grandes eventos, para que a empresa pudesse confirmar a nova data da 27ª edição.

Antes de mais nada vale ressaltar que a Agrishow é uma feira que reúne cerca de 800 marcas expositoras. Sobretudo, boa parte dos equipamentos expostos são de grande porte.

Com isso, demanda tempo de preparação e muitas vezes liberação alfandegária. Bem como um longo período de planejamento minucioso para que esses equipamentos sejam expostos no evento.

Nesse sentido, dois fatores complementares foram analisados. O primeiro é com relação ao extenso e complexo período de montagem da feira, que habitualmente leva cerca de 40 dias. Além disto, a empresa avaliou o cronograma de reabertura das atividades econômicas da Prefeitura de Ribeirão Preto.

Assim, só seria possível realizar a feira na semana de 17 de agosto, período indicado pela maioria dos expositores como sendo ideal para o mercado. Isso desde que não houvesse nenhum retrocesso neste cronograma em virtude do aumento dos casos de COVID-19 na região.

Diante deste cenário, a Informa Markets, organizadora do evento, resolveu adiar o evento para 2021. “Aproveitamos para reiterar nosso compromisso com a qualidade do evento e a segurança de todos os participantes de acordo com as normas do Governo do Estado de São Paulo. Estamos certos de que a próxima edição será uma grande oportunidade para o setor se reencontrar. Além de conhecer tecnologias inovadoras e realizar bons negócios, para o desenvolvimento do agronegócio e, consequentemente, para a retomada da economia do Brasil”, finaliza a nota.

União de entidades do agronegócio

A Agrishow é uma iniciativa das principais entidades do agronegócio no país: Abag – Associação Brasileira do Agronegócio; Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos; Anda – Associação Nacional para Difusão de Adubos; Faesp – Federação da Agricultura e da Pecuária do Estado de São Paulo e SRB – Sociedade Rural Brasileira.

Fonte: Agrishow
Crédito da foto: Divulgação/Agrishow

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Relatório mostra crescimento na exportação de produtos

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Relatório mostra crescimento na exportação de produtos do agronegócio Documento partiu do monitoramento do Abastecimento no Estado de São Paulo

Documento partiu de monitoramento do Abastecimento no Estado de São Paulo

O Grupo Técnico de Monitoramento do Abastecimento de Alimentos e produtos agropecuários no Estado de São Paulo lançou nono diagnóstico. Dessa forma, foi possível atualizar os principais impactos da pandemia do novo coronavírus ao agronegócio. Os dados englobam toda a cadeia, nos 645 municípios, e foram colhidos de 18 a 22/05/2020.

O relatório faz referência, sobretudo, às pesquisas do Cepea (Centro de Pesquisas Econômicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz). De janeiro a abril de 2020 o volume de produtos do agronegócio exportado pelo Brasil cresceu 6%.

Antes de mais nada, frente ao mesmo período de 2019 e teve faturamento externo de US$ 31 bilhões. Diante desse resultado, a participação do setor nas exportações totais do País foi de 47% no primeiro quadrimestre.

Neste período, o maior volume embarcado esteve atrelado à elevação das vendas da maioria dos produtos do agronegócio. Assim sendo, destaque para algodão, carne suína, açúcar, soja em grão, óleo de soja, carnes bovina e de aves.

A China continua expandindo suas relações comerciais com o Brasil. Além disso, vem aumentando a sua participação no total exportado pelo agronegócio. Do início de 2020 até abril, a participação do país asiático foi superior a 37% nas exportações totais.

Indicativos

Internamente, a alta nominal nos preços sobre o boi gordo segue inalterada em 27,8% nos últimos 12 meses (FinPec). A consultoria também registrou estabilidade na alta de 2,7% nas cotações do frango vivo registrada nos últimos 30 dias. Contudo, se mantém o recuo nominal de 16,7%, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em relação aos suínos, as cotações do suíno vivo também têm se mantido em alta, na média de 2,6%. Porém ainda acumulando recuo de 29,5% para os cinco primeiros meses de 2020.

O grupo Técnico de monitoramento, de acordo com o comparativo da FinPec, destacou o frango e o suíno como itens que melhor remuneraram o produtor nos últimos 30 dias. Assim, registrando aumento de preço de 2,7% e 2,6%, respectivamente.

Quanto aos ovos, a evolução das médias mensais dos preços pagos pelo frango abatido e pelo ovo no atacado da cidade de São Paulo mostra que ambos registram desempenhos opostos em 2020. O frango enfrenta baixas praticamente contínuas desde o início do ano, enquanto o ovo registra altas sucessivas, brevemente interrompidas em maio.

Documento

O nono diagnóstico também apresenta dados da pesquisa realizada quinzenalmente pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, junto aos representantes das Câmaras Setoriais com o objetivo de identificar os principais gargalos decorrentes da crise gerada pela pandemia do COVID-19.

14 câmaras setoriais participaram nesta pesquisa. Todos os participantes relataram aumento de seus custos de produção em comparação àqueles vigentes antes da pandemia. Tais aumentos decorrem da alta nos preços dos insumos, dificuldades logísticas, custos de produção aumentados com redução no faturamento e despesa para adequação aos novos protocolos de segurança para mitigação das possibilidades de contágio da COVID-19.

O relatório finaliza com informações de que a demanda pelo serviço de transporte rodoviário de carga se manteve em queda, repetindo padrão muito próximo daquele registrado em semanas anteriores de 41,3%. Outro setor ainda bastante impactado é o de bares e restaurantes, com queda de faturamento anual acumulada, em relação ao mesmo período em 2019, da ordem de 59,5%.

Segundo o secretário de Agricultura e Abastecimento, Gustavo Junqueira, na agricultura e no agronegócio, para o alimento ir do campo à mesa do consumidor final é preciso planejamento e coordenação. “Este relatório é parte dessa ação e junto ao monitoramento de ações tomadas pelos agentes, visa promover meios para que o abastecimento seja sustentado e ampliado em todo o Estado de São Paulo”.

Fonte: Notícias Agrícolas | Sec. de Agricultura de SP
Crédito da foto: Divulgação/Sec. de Agricultura de SP

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