Um alerta importante foi emitido pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp, em Botucatu (SP), diante do aumento de casos da Potomac Horse Fever (PHF), doença infecciosa que pode levar à morte de equinos se não tratada com agilidade. Segundo a instituição, mais de 30 ocorrências foram confirmadas no Estado de São Paulo nos últimos 18 meses.
Potomac Horse Fever também é chamada de Erliquiose Monocítica Equina ou Neorickettsiose Equina, a doença é causada pela bactéria Neorickettsia risticii. Os animais infectados podem apresentar sintomas como diarreia severa, febre, apatia, perda de apetite e, em alguns casos, laminite – inflamação dolorosa nos cascos.
A confirmação dos casos tem sido feita na Clínica de Grandes Animais do Hospital Veterinário da FMVZ/Unesp, por meio de exames laboratoriais de alta precisão, como a PCR em tempo real, com análise de amostras de sangue e fezes.
“A identificação rápida é essencial para que o tratamento com antibióticos e suporte clínico seja iniciado o quanto antes. Equinos que não recebem tratamento adequado podem vir a óbito em até sete dias”, alerta a equipe da Clínica.
Sintomas de Potomac Horse Fever:
- Diarreia intensa
- Febre e apatia
- Redução no apetite
- Casos de laminite
Como ocorre a transmissão de Potomac Horse Fever
A Potomac Horse Fever não é transmissível diretamente entre cavalos. A infecção ocorre, geralmente, pela ingestão de insetos aquáticos contaminados, que atuam como vetores da bactéria. Por isso, medidas preventivas são fundamentais no manejo diário.
Dicas de prevenção de Potomac Horse Fever:
- Fornecer água limpa e fresca nos bebedouros
- Manter comedouros sempre higienizados
- Eliminar criadouros de insetos e água parada
- Evitar deixar luzes acesas próximas às baias durante a noite
- Procurar atendimento veterinário diante de qualquer sintoma
Orientação profissional disponível
Veterinários que atuam com cavalos e desejam mais informações podem entrar em contato diretamente com a Clínica de Grandes Animais do Hospital Veterinário da FMVZ/Unesp, pelo telefone (14) 3880-2089.
O diagnóstico precoce é decisivo na recuperação dos animais. Por isso, criadores e profissionais devem permanecer atentos aos sinais clínicos e buscar orientação especializada ao menor sinal da doença.
Por Giovanna Catanho/Portal Cavalus (Com informações de Acontece Botucatu)
Foto: Reprodução/Acontece Botucatu
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