O atual campeão mundial da PBR passou por novos e exames semana passada
O brasileiro Kaique Pacheco não precisará ser submetido a uma cirurgia no joelho esquerdo depois da lesão de ligamento cruzado. Ele rasgou o PCL, ligamento cruzado superior (que fica dentro do joelho fazendo um x com o ACL) e o MCL, ligamento medial colateral (que fica na parte de fora da estrutura do joelho).
As lesões ocorreram durante a final da segunda divisão da PBR, a Real Time Pain Relief Velocity Tour, quando ele montava Fly Over. “Eu visitei o Dr. Tandy Freeman aqui nos Estados Unidos, médico da PBR, e fiz outra ressonância magnética para ver se alguma coisa mudou”, disse Pacheco através de seu agente Chris Dashney.
Originalmente, havia o medo de que o jovem campeão mundial fosse precisar de cirurgia. Após descoberta a lesão, ele deveria ter parado para fazer fisioterapia. Mas era líder do ranking e foi para o sacrifício disputar a final mundial. Montou em cinco bois com o joelho machucado, parando em dois. E isso poderia ter agravado a situação.
Com os resultados melhores que o esperado nos exames recentes, Kaique fará reabilitação pelas próximas 12 semanas. “Isso é muito bom, porque se eu tivesse que fazer uma cirurgia iria levar seis meses para me recuperar. Foi com alegria que recebi do Dr. Tandy a notícia de que preciso apenas de fisio”.
A previsão é que Kaique volte a competir em fevereiro. Se assim for, ele ainda poderá defender o Time Brasil na PBR World Cup, dias 9 e 10 de fevereiro, no AT & T Stadium, em Arlington, Texas. O atleta foi uma das peças chaves da vitória do Brasil na etapa anterior da Copa do Mundo na Austrália, com 100% de aproveitamento.
Em casa será onde Kaique fará sua fisioterapia. “Vou aproveitar esse período de recuperação para estar no Brasil e poder passar um tempo com minha família e minha namorada”, contou ele, que foi capaz de superar um começo ruim na temporada 2018 e chegar ao título mundial.
Kaique Pacheco levantando a taça de campeão mundial PBREm seu quarto ano como profissional na PBR americana, terminou 2018 apenas 422,5 pontos à frente do segundo colocado, José Vitor Leme, na classificação final do mundial. Kaique, que começou o ano com sete paradas em 27 montarias, terminou com 42 em 84 (50% de aproveitamento), entre outros feitos.
Portanto, perder o primeiro mês da temporada não significa que se tornar o segundo bull rider na história da PBR a conquistar campeonatos seguidos está fora de questão. “Eu quero estar totalmente recuperado para voltar no próximo ano e poder montar bem, fazer um bom trabalho”, comentou Kaique.
Para montar na série principal da PBR, o atleta precisa estar posicionado no Top 35 do ranking. Kaique está garantido em oito etapas quando retornar. Caso seu desempenho seja bom, ele não passará pelo corte. Ele também tem mais dez isenções por ser campeão Mundial, se necessário.
Planos? “Eu só quero ficar com minha família, minha namorada e amigos. E, especialmente, ter uma boa recuperação para estar preparado para o próximo ano”, concluiu nosso mais novo ídolo.
Por Justin Felisko/PBR
Tradução e adaptação: Luciana Omena
Foto: PBR