Quando as previsões matemáticas colocaram José Vitor Leme na briga pelo título, seus fãs se animaram, e ele não os decepcionou. No último dia 18 de maio de 2025, o bullrider brasileiro tornou-se tricampeão mundial de montarias em touros pela PBR – Professional Bull Riders ao somar 1494 pontos. Com o bônus de $1 milhão pela vitória, ele terminou a temporada da Unleash The Beast com $1.929.113,00 em prêmios.
“Este é um momento especial na minha vida. Tive a chance de me apresentar e fazer o meu trabalho. É para isso que vim: montar meus touros, fazer a minha parte e deixar Deus cuidar do resto”, falou José Vitor Leme à reportagem do PBR.com.
Sete semanas atrás, voltando de lesão, o sul-matogrossense era o número 31 do mundo e um homem com uma missão. Foram 12 etapas, das 23 na temporada regular, que ele ficou de fora por conta de uma fratura na mão. Mesmo com todos os fatores contra, confiou no seu talento e em sua determinação. Também fez muita conta, planejou cada passo rumo ao topo.
José Vitor Leme chegou à primeira fase da final mundial e parou nos quatro touros da Eliminatória, saltando de 18° colocado para 6° no ranking geral. O título, que antes poderia ser dado como algo incerto, tornou-se realidade. E, com o seu histórico de atleta praticamente impecável desde que aterrissou aos Estados Unidos em 2017, entrou para a lista dos favoritos.
Um AT&T Stadium, em Arlington, Texas, lotado – inclusive com muitos fãs brasileiros -, viu José Vitor Leme dominar mais uma vez os touros do Unleash The Beast – Championship. E ele não só parou como fez as três melhores notas das três primeiras rodadas: Ugly This (88,75 pontos), Oyster Creek Brawler (90,50 pontos), Lari’s Speck (89,25 pontos); e a segunda da quarta e decisiva rodada: Walk Hard (91 pontos).
Em 10 dias, oito touros e oito paradas e o terceiro título mundial da carreira. José Vitor Leme eliminou uma desvantagem de nada menos que 851 pontos – ninguém, além dele, conseguiria esse feito -, superando Dalton Kasel (Muleshoe, Texas), o grande favorito pela temporada regular, por apenas 67,5 pontos. Kasel e os demais concorrentes só precisavam fazer a ‘lição de casa’ para vencer, mas nenhum deles montou bem, deixando o caminho aberto.
Em números, de acordo com a PBR, o talentoso brasileiro concluiu a temporada 2025 com uma média de 59,5% de aproveitamento nos touros (22 paradas em 37 montarias), 14 eventos disputados. José Vitor Leme também estabeleceu o recorde de ganhos em uma única temporada ao somar mais de $2,15 milhões (considerando todos os ganhos). Ele é agora o atleta esportivo mais rico da história da PBR, com mais de $8,3 milhões em ganhos em competições pela associação até o momento.
“Acho que tudo acontece por um motivo”, acrescentou ele, que luta contra lesões desde que conquistou seu segundo título mundial, há dois anos. “Achei que estava acabado para a temporada. Deus me deu energia para voltar e fazer o que fiz. Estou muito orgulhoso de estar de volta, estar saudável, dar o meu melhor e ganhar mais um título. Nada é impossível. Este é mais um sonho realizado para mim.”

O fenômeno José Vitor Leme
A vitória deste domingo (18) não só marcou a terceira do atleta natural de Ribas do Rio Pardo (MS), mas igualou o recorde de títulos mundiais dos brasileiros Adriano Moraes e Silvano Alves. Ele também está empatado com Robson Palermo no maior número de títulos de finais mundiais conquistados por um único cavaleiro, também com três.
Além de Leme e Palermo, apenas Troy Dunn (1995 e 1997) e JB Mauney (2009 e 2013) alcançaram o feito de vencer mais de uma PBR World Finals. José Vitor Leme também é um dos cinco únicos competidores que conseguiram parar em todos os seus touros a caminho da vitória. Ele não caiu de nenhum touro nas três finais em que foi campeão.
Nos 32 anos de história da PBR, Leme é um dos 22 atletas diferentes – e o nono brasileiro – a conquistar a fivela de ouro de campeão Mundial da entidade. Seu título marca a 15ª vez que um cavaleiro brasileiro vence o que é considerado o campeonato individual mais difícil do esporte rodeio profissional, o terceiro consecutivo de um brasileiro nos últimos anos (2023 – Rafael José de Brito; 2024 – Cassio Dias).

Outros resultados e participação dos brasileiros
Até a última montaria nada estava decidido. Depois dos 91 pontos de José Vitor Leme no quarto round, Dalton Kasel precisaria de 91,25 pontos ou mais para vencer seu primeiro Campeonato Mundial. E ele fez uma ótima montaria em Hang ‘em High, mas não o suficiente. Só que foi por pouco, já que sua nota foi 90,25 pontos. O norte-americano encerrou 2025 como vice-campeão mundial (1426,50 pontos).
Até o décimo lugar, a classificação final ficou assim, além de Leme e Kasel: 3° Brady Fielder, 4° John Crimber – que montou mesmo com a clavícula fraturada -, 5° Sage Kimzey, 6° Clay Guiton, 7° Hudson Bolton, 8° Paulo Eduardo Rossetto, 9° Kaiden Loud, 10° Luciano de Castro. A temporada 2025 foi a que mais teve brasileiros na final: 24. Clique veja o ranking.
Pela somatória de notas durante a PBR World Finals, com Leme campeão e o único com 100% de aproveitamento, tivemos Hudson Bolton como o segundo melhor, somando 344 pontos, o único com três paradas em quatro. O terceiro lugar ficou para o brasileiro Felipe Furlan, seguido por Sage Kimzey e Kaiden Loud, Sandro Batista, Alan de Souza, Paulo Eduardo Rossetto, Brady Fielder e o 10°, Lucas Divino. Clique e confira os resultados.
Hudson Bolton foi coroado o Novato do Ano da PBR 2025. José Vitor Leme e Brady Fielder receberam o Lane Frost/Brent Thurman Award (maior nota da final). O Mason Lowe Award ficou para Andrew Alvidrez (Man Hater – 94 pontos em março), maior pontuação da temporada regular. E Nick Tetz recebeu o Glen Keeley Awards, concedido ao peão de rodeio canadense que acumular mais pontos na série principal.
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Fonte: PBR.com e Rodeio S.A.
Fotos: Divulgação/PBR/BullStockMedia
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