Se nos Estados Unidos atletas colecionam títulos mundiais, aqui no Brasil esse esporte está apenas no começo
Quando algo que é, relativamente, pequeno, começa a ganhar corpo, tornando-se sólido, rapidamente uma melhor organização entra em cena. É o caso da modalidade breakaway roping no Brasil, que ganhou em 2019 um circuito com datas definidas previamente. A Copa GA realizou a segunda etapa da temporada em Leme/SP, dia 15 de junho, em parceria com a segunda etapa da ARLI.
A ideia do campeonato foi de Lucy Fazzio, visando ter, além de uma melhor organização, uma melhor preparação das laçadoras, pois com as datas definidas todas podem se programar com antecedência. A Copa GA de Breakaway Roping é um campeonato para mulheres e crianças só de breakaway.
Serão quatro etapas esse ano, que começou em abril. A segunda etapa era para ter acontecido em maio, mas devido algumas alterações dos parceiros, ficou para junho. À medida que o negócio cresce e se fortalece, parceiros ficam animados para investir. Como é o caso da GA Western Store, de Jaguariúna/SP, que sempre apoiou a modalidade. Com o ‘naming right’ acordado, ficou somente a missão de ir para a pista.
“O formato da Copa, conseguimos fazer um rateio para a premiação em dinheiro e temos fivelas garantidas. Ainda um calendário pré-divulgado, além de contar para o ranking nacional da Associação Nacional de Laço Individual. Isso chamou bastante atenção das meninas. Foram duas boas etapas até agora, de ótimo índice técnico e participação”, comentou Lucy Fazzio, idealizadora da Copa.
Com espaço garantido junto a ARLI, a prova de breakaway aconteceu nas categorias Feminina e Mirim. “Foi um show de prova, pista coberta, local fantástico”, reforçou a laçadora. Outro fator para comemorar foi o número de meninas que participaram: oito. “Antes recebíamos de três a quatro, mas dessa vez ficamos felizes com a adesão”.
Para Lucy, o fato de ter a chance de classificar para a final da ANLI deu um incentivo a todas as simpatizantes da modalidade. “Estamos todas filiadas, compramos o Card, que é o acesso para ter direito a pontar no ranking nacional da ANLI, igual a qualquer outro laçador de bezerro que atua no campeonato. Tanto a ARLI quanto a Copa GA são credenciadas pela ANLI, então tudo favoreceu”.
Para fazer bonito nas etapas e na final, que está marcada para novembro, com uma boa premiação em dinheiro garantida, as laçadoras estão se preparando. “O nível melhorou muito no espaço de um ano. As provas ficaram bem mais apertadas, todo mundo laça e o resultado é decidido na soma de tempos e não em que erra menos. Todo mundo treinando, preparando cavalo em casa, estou muito feliz”.
Quem esteve lá viu o que cada uma pôde apresentar em pista. Uma disputa acirrada, decidida segundo a segundo. “Para nós, que estamos há um tempo fomentando a modalidade, é bacana perceber essa evolução tão rápida”. E o ambiente das provas proporciona ainda que as famílias se reúnam, como é o caso da Jessica Aielo, com a filha no colo e a mãe ao lado dela, disputando também.
Lucy ficou com o título dessa etapa. “Só tenho a agradecer a Deus, nosso Senhor, por me permitir fazer o que amo e por tanta proteção! Minha gratidão a ele é imensurável”.
O segundo lugar ficou para Analia Fonseca, seguidas por Karoline Rodrigues, Jessica Aielo, Joyce Correia, Silvia Aielo, Gabriela Savio e Laura Ferreira. Na Kids, o campeão foi Gabriel Antonelli, com Tarcísio Fonseca em segundo lugar. Os troféus foram patrocinados pela Outlaw Equine. Na final da temporada, além das duas categorias, a competidora revelação ganhará um prêmio extra. A próxima será dia 17 de agosto, novamente em Leme.
Por Luciana Omena
Foto: Cedidas