O Breakaway Roping tem se consolidado como uma das modalidades que mais cresce nas competições de rodeio no Brasil, atraindo cada vez mais jovens competidores, além de mulheres e crianças. A modalidade, que mistura habilidade e destreza com a laçada, está conquistando espaços importantes nas arenas, ganhando visibilidade em diversos rodeios e fomentando o engajamento de famílias inteiras.
Em uma entrevista exclusiva, Nina Siemsen Collard, uma das maiores defensoras e praticantes da modalidade, compartilhou seu ponto de vista sobre o panorama atual do Breakaway Roping no Brasil e os desafios que ainda precisam ser superados para que o esporte continue a crescer.
Aumento de competidores jovens
Segundo Dona Nina, o número de jovens competidores no Breakaway Roping tem crescido significativamente. “O número de competidoras e competidores jovens de Breakaway Roping vem aumentando a cada dia mais nas provas e já contamos com a modalidade em alguns rodeios, o que é um grande atrativo também”, destacou Nina. Esse crescimento é um reflexo do aumento do interesse pela modalidade, que tem se tornado cada vez mais acessível e atrativa para o público jovem, além de ser uma oportunidade para novas gerações se engajarem no rodeio e no esporte a cavalo.
Desafios e o apoio externo
Apesar do crescimento, Nina aponta que um dos maiores desafios para as competidoras e competidores, especialmente os iniciantes, ainda é a dependência de apoio externo. “O Breakaway Roping é uma modalidade composta por mulheres e crianças. Muitas competidoras e jovens dependem de seus treinadores para irem a uma prova, ou mesmo do marido ou pai, etc. São poucas que vão para uma prova sozinhas”, explicou a competidora. Esse apoio não é apenas financeiro, mas também logístico e emocional, o que cria uma barreira para o desenvolvimento autônomo dos atletas, especialmente para as mulheres.
Premiações e melhorias nas provas
Em relação ao crescimento da modalidade, Nina acredita que a melhoria nas premiações é fundamental. “Sem dúvida, melhores premiações incentivam um maior número de competidoras”, afirmou. Porém, ela também destaca a importância de se oferecer melhores condições nas provas, o que inclui infraestrutura e organização. Um passo importante para a inclusão de novos atletas foi dado pela Associação Nacional de Laço de Integração (Anli), que criou o Level 2, uma categoria voltada para iniciantes e para jovens até 9 anos, oferecendo um espaço mais confortável e menos competitivo para quem está começando.
Diversidade de provas em todo o país
O cenário de provas de Breakaway Roping no Brasil é diverso e amplo, com competições acontecendo em diferentes regiões. “Cada região tem provas atrativas, o que facilita bastante à participação das competidoras”, comentou Nina. Ela destacou algumas provas relevantes, como o Campeonato Mineiro, que conta com diversas etapas em cidades como Divinópolis e Claudio, além de rodeios tradicionais em Goiás, Paraná e São Paulo, como a Calf Roping Santana, a Copa União e a PCRt. Para ela, todas as competições são uma oportunidade de desenvolvimento para o esporte.
Por fim, Nina fez um convite especial para que mais mulheres e crianças se envolvam com o Breakaway Roping. “Faço aqui um convite às mulheres e às crianças para que venham conhecer e participar de provas que tenham a modalidade do Breakaway Roping, uma modalidade que realmente acolhe a família”, afirmou, destacando que o esporte é inclusivo e permite que mães e filhos, por exemplo, competem nas mesmas provas. Para ela, o Breakaway Roping é uma verdadeira oportunidade de lazer e competição para toda a família, além de ser um esporte em pleno crescimento no Brasil.
O Breakaway Roping no Brasil está, sem dúvida, em ascensão, e as perspectivas são animadoras. Com o apoio contínuo das federações e a abertura de mais espaços para competições, é possível que a modalidade se torne cada vez mais popular, atraindo novos talentos e consolidando-se como uma das principais no cenário de rodeios do país.
Por: Matheus Oliveira/Revista Roper´s Sports
Fotos: Divulgação