Encontrada nas redes sociais em 2014, por ser, na época a única cowgirl que laçava e fazia tambor, ela vai novamente participar do Mundial de La Mujer Vaquera

Junto com ela vão Karoline Rodrigues, Isadora Leira e Juliana Cristofoleti, dois destaques de cursos de Breakaway, ministrado por ela, e uma competidora de Três Tambores. E elas já estão se preparando, pois apesar de serem três provas conhecidas pelos brasileiros, algumas regras são diferentes. “Lá, as provas têm o percurso um pouco diferente. A pista é de Vaquejada, estreita e comprida, então os tambores são dispostos enfileirados e não de forma triangular. Na Baliza, são sete balizas e não seis como no Brasil. O que vale mais pontos é o Laço. No Tambor, saímos e temos que contornar o último, o primeiro e depois o do meio. As provas de Tambor e Baliza são feitas de forma simultânea com duas competidoras ao mesmo tempo. Já no Laço, os bois são bem maiores do que os que costumamos laçar por aqui”, conta ela.

As regras também impõem algumas dificuldades, como ter que realizar a laçada antes de uma linha marcada e delimitada, e segurar a corda na mão com o boi laçado até ultrapassá-la. Se o chapéu cair, perde a chance de pontuar. “É um grande desafio. Sem contar que não conhecemos os animais, que são treinados para Vaquejada. Só montamos neles dois dias antes. Não é fácil, mas também é satisfatório quando acaba e vemos que com nossa habilidade conseguimos montar bem e tirar o melhor dos animais”. Em todos os anos que foi, ela ficou responsável por selecionar as demais brasileiras. “Cada vez procuro levar meninas diferentes, para que várias brasileiras tenham a oportunidade de conhecer o evento. Estou treinando juntamente com as meninas e esperamos conseguir trazer mais uma vez o título de melhor estrangeira para o Brasil”.

E as meninas são tratadas como verdadeiras ‘super stars’. Dão entrevistas, têm cartazes com fotos, sempre comentam no sistema de som quem elas são nos seus países. Não é só a habilidade como vaqueiras que importa, mas sim a exaltação do trabalho da mulher vaqueira nas provas e lida com o campo.
Fernanda Cavalheiro competiu dois anos, 2010 e 2011. “O mais difícil, na verdade, foi laçar e tirar leite de vaca. As meninas que competiram eram bem baseadas no Tambor e na Baliza, mas somos melhores. Já no resto, Laço, por exemplo, são muito boas, pois é algo natural para elas. Eu nunca tinha girado uma corda se quer e treinei uma semana antes de viajar”, lembra ela.
Por Luciana Omena
Fotos: cedidas e arquivo pessoal