Natural de Presidente Prudente, aos dois anos de idade foi morar no Paraná, Son é um dos destaques do Team Roping no Brasil
Ser ídolo não é apenas ganhar troféus, estar sempre entre os primeiros lugares, ter motos, carros, trailers entre as premiações ganhas. Ser exemplo para outros é também ter atitude, postura em tudo que faz, seja dentro ou fora da pista. A forma como leva sua vida, a dedicação nos treinos, nunca achar que já chegou ao topo. São quesitos que fazem quem está começando querer tê-lo como ídolo, como mestre, almejar conquistar o que ele também conquistou. E com Anderson Proença é assim.

Muitos podem conhecê-lo pelo que faz no Campeonato Paranaense de Laço em Dupla (CPLD), do qual é fundador, ou nas pistas pelo Brasil. Pontuado na ABQM, está entre os melhores do Brasil. Sua vida com os cavalos estava em seu destino, já que, além do pai, seu avô também viveu no meio rural, era condutor de bois da King Ranch. Como foi criado no Paraná, passava férias com o avô na KRB e, à medida que foi crescendo, foi se apaixonando pelo Quarto de Milha e pelas competições, que acompanhava sempre que ia a Prudente.
Son, como é conhecido, começou a montar cavalos, inicialmente de Laço de Bezerro, com Frederico Werneck. Como gostava muito, também aprendeu a domar potros, e depois de um tempo, foi trabalhar com o Eduardo Ribeiro, realizando essa atividade. Quando tinha 22 anos, foi convidado pelo Parque de Exposições de Umuarama/PR, para trabalhar no Clube de Laço. Foi quando começou a treinar o Laço em Dupla.
Para começar ir às grandes provas, foi um pulo. Da amizade com o hoje veterano Zé Soares, passou a ir com ele em provas e rodeios da Federação Nacional do Rodeio Completo (FNRC). Eram meses a fio fora de casa, em competições. Mas essa era a vida dele, a que escolheu seguir, sua vocação.
Conheça um pouco mais sobre ele na entrevista a seguir:
Portal Cavalus: Com quantos anos começou a laçar e por quê?
Anderson Proença: Comecei a laçar com 16 anos, quando ia passar as ferias com meu avô na King Ranch. Tinha uma pista de laço lá e comecei a gostar daquilo.
PC: Como descobriu que queria viver do laço?
AP: Sempre morei em fazenda e comecei a laçar. Mexia com cavalos e optei pelo laço como profissão.
PC: Títulos mais importantes e prêmios:
AP: Os Campeonatos Nacionais pela ABQM, Final da USTRC em Waco (TX), dois trailers em uma prova em South Dakota (EUA), MTRA Finals em Montana (EUA), entre outros.
PC: Foi para os Estados Unidos em que ano e por quê?
AP: Fui em 2005. Queria aprender mais, montar com pessoas que mexiam com provas de horseshow, aprimorar técnica.
PC: Como montou seu programa de treinamento, baseando em que princípios?
AP: Estudando grandes profissionais, observando e criando meu próprio estilo e formato de treinamento, baseando no que eu acho primordial para um bom treinamento.
PC: Como você acredita que deve ser o dia a dia de um treinador de cavalos de laço?
AP: Muito trabalho, muita dedicação, uma boa equipe, com bons ajudantes, uma boa pista, fundamental para o treinamento de um bom animal.
PC: O que é mais importante para um laçador observar nos animais para entender que eles têm habilidade e são bons para a modalidade?
AP: Uma boa linhagem e uma boa conformação ajudam muito na habilidade para a modalidade.
PC: Você é um dos fundadores do CPLD. Como foi o começo, a decisão de lançar o campeonato e mudar a forma como as pessoas viam o Laço no Brasil?
AP: A implantação do campeonato aqui foi muito difícil, e a mudança para o novo formato ainda esta sendo implantada. É o oitavo ano que estamos fazendo, antes não existia limite de inscrições e horário para as provas, o tipo de manejo das boiadas para cada categoria melhora muito a condição para cada categoria, boiada selecionada conforme a dificuldade de cada somatória. Sempre tentamos dar uma ótima condição, justa ao competidor para que ele possa se sentir bem.
PC: Ao longo desses anos, o CPLD cresceu muito e é espelho para muitos. Quais pontos você acredita serem os responsáveis por isso? O que o CPLD fez pelo laço e que tem seu ‘dedo’ em tudo isso?
AP: Acho que desde que adotamos esses critérios, ou regulamento, que mudaram as provas com relação a horário, manejo, a família voltou para as provas e isso, que na minha opinião, é o grande diferencial do CPLD. É ter um horário certo e poder levar sua família para um evento onde possa fazer o que gosta.
PC: Porque o Laço e não outra modalidade, o que tem de tão especial?
AP: Gosto muito do laço, talvez pela minha criação em fazenda, da minha origem, acho que nasceu o gosto e minha dedicação à modalidade.