Thiago sempre se inspirou no tio, Daniel Freitas, que mesmo já tendo parado de competir, é o cavaleiro Amador mais pontuado do Brasil pela ABQM
Um trauma de infância interrompeu a trajetória de Thiago de Freitas Marques, 17 anos, como competidor de Três Tambores. Aos seis anos ele já competia e estava evoluindo gradativamente, até que um dia caiu do cavalo e acabou ficando seis anos sem montar novamente. Só aos 13 anos ele conseguiu vencer o medo e voltou ao esporte. Desde que voltou a competir, cinco anos se passaram e, agora, Thiago não pretende mais ficar sem a adrenalina da modalidade. Assim, ele treina no haras da sua família, o Santo Antônio, que fica em Bauru/SP, cidade que nasceu e mora.
Para as provas, ele monta em diversos animais, praticamente em todos do seu haras. “Somos criadores há 20 anos, então temos um número grande de animais. Sendo assim, procuro sempre apresentar todos eles, para que os resultados sempre venham da melhor forma em todos”. Mas entre os principais animais que marcam a trajetória de Thiago estão: Twistflex Red, que foi seu companheiro inicial, cavalo em que começou a competir e que lhe ensinou grande parte de tudo que sabe no meio. Além dele, teve a égua Bila Red, que proporcionou o primeiro título de Potro do Futuro de Thiago, além de várias outras provas. “Crescemos como conjunto e colhemos muitos frutos”. E por fim, também tem a potra Rainbow Dash Red, que é um dos maiores destaques dessa geração, com a qual ele ganhou o Potro do Futuro Jovem deste ano. “Ela impressiona pela constância em alto nível!”
Para o jovem competidor, os Três Tambores tem um significado especial. “Esse esporte resume minha vida, já que é a ele que dedico 100% do meu tempo livre. Meu sonho sempre foi ganhar o Potro do Futuro Jovem, e agora é ganhar o Campeonato Nacional”. Na visão de Thiago, para uma boa prova são necessários vários fatores e que devem estar bem em harmonia. “Primeiramente o cavalo deve estar bem treinado, e para isso, deve haver um bom treinador na gerência. Sem um cavalo bom, ninguém consegue bons resultados. Depois disso, o competidor deve estar preparado para tudo que for preciso e fazer sua parte. Para isso, muito treino é fundamental. Também é importante não deixar fatores externos influenciarem a sua prova, pois na hora da competição só depende de você e do cavalo”.
Para quem está começando no esporte, o jovem competidor dá a dica: tenham paciência, persistência e garra. “Eu já pensei em desistir inúmeras vezes, pois não é nada fácil. Mesmo se dedicando o máximo possível, mesmo investindo muito, mesmo fazendo tudo que falam para fazer, diversas vezes o resultado satisfatório não vem. Mas tudo chega no seu tempo, e se permanecer fazendo tudo certo, com certeza um dia você colherá os bons frutos que plantou”, garante.
“Agradeço a todos que de alguma forma já me ajudaram desde que comecei, pois ninguém evolui sozinho. Atualmente, meu avô Marcos Freitas é o principal responsável pelo sucesso de todo o haras. Sem ele, eu não seria ninguém nesse esporte. É a ele que devo toda minha gratidão. Não menos importante, a nossa equipe de competição: Danyllo Laurindo, Clodoaldo Laurindo, Rodrigo Gimenes, Irmãos Zoras, Thiaguinho, Zé Reis, Nei. Como sempre digo, vocês são feras! Sou grato também a toda minha família que sempre me apoiou e incentivou”.
Por Equipe Cavalus
Fotos: arquivo pessoal/Hugo Lemes
