A nossa homenagem nesse dia tão especial vai para todas as raças, representadas nesse artigo pelos garanhões Árabe, Crioulo, Mangalarga, Paint, Lusitano, Quarto de Milha
O pai dos pais! O primeiro cavalo registrado, sem dúvida alguma, tem em sua história a missão de ter passado para seus descendentes uma carga genética importante. A partir do primeiro registro, cada raça foi organizando o seu stud book e o que veio a seguir está nos livros e no coração dos apaixonados por cavalos. Os primeiros garanhões tiveram o papel importante de dar corpo e continuidade ao que temos hoje.
Para o Dia dos Pais, comemorado todo o segundo domingo de agosto no Brasil, quisemos homenagear todas as raças, genuinamente brasileiras ou não, mas que têm sua presença marcante no País. Os garanhões, do passado, presente e futuro, ajudam a contar a história de qualquer raça e nunca podem ser esquecidos!
Rasul – Árabe
O primeiro garanhão Puro Sangue Árabe registrado no Stud Book Brasileiro do Cavalo Árabe foi Rasul. Com nascimento em 14 de setembro de 1926 é filho de Risfan (garanhão de pelagem Alazão natural da Argentina) em Raika II (égua também natural da Argentina, de pelagem Castanho).
Portanto, Rasul tem sua origem na Argentina e foi importado ao Brasil pelo Dr Guilherme Echenique Filho. Criador do Haras Er Rasul, da cidade de Arroio do Sul/RS. Assim sendo, Rasul tem seu registro datado de 1° de maio de 1930 e seu legado deixou seis filhos, sendo um macho e cinco fêmeas Puro Sangue Árabe.
Foi tarefa da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Árabe assumir em 1964 a criação da raça no Brasil, que já possuía 859 produtos PSA registrados e alguns poucos criadores. Fonte: ABCCA
Pelo de Oro Cardal – Crioulo
O Stud Book da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Crioulo foi criado em 1931 e Pelo de Oro Cardal acabou registrado como número 1 no livro. Nasceu em 1° de janeiro de 1920, com data de morte registrada em 1° de janeiro de 1945. Não consta registro de pai e mãe, mas sim o criador, Pedro Emilio Solanet, que importou da Argentina Pelo de Oro Cardal e duas potrancas.
Foi a chegada desses animais ao Brasil que abriu o Stud Book da ABCCC, contudo o registro genealógico existia desde 1906, por iniciativa particular de Leonardo Brasil Collares, reconhecido pelo MAPA como pioneiro nacional do ramo. Inclusive, a história da raça conta que o primeiro cavalo Crioulo de pedigree a entrar no Brasil foi Mozo Vivo, que só não foi registrado pois as formalidades ainda não estavam ativas. Fonte: ABCCC
Fidalgo – Mangalarga
Entre os garanhões da raça Managalarga, Fidalgo tem o registro nº 1. Criação de Renato Junqueira Netto, Fidalgo pertencia ao Governo do Estado de São Paulo e nasceu em 19 de setembro de 1931, de pelagem castanho.
Não encontramos a informação da data de registro dele, mas em 1934 foi fundada a Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga. Portanto, o órgão que iria formatar, estimular e consolidar a criação dessa importante conquista de zootecnia em todo o território nacional. O Sr Renato, inclusive, foi o primeiro presidente.
Antes da formação da Associação houve garanhões que representaram a base da raça, forjada em vários séculos de adaptação ao meio e funcional de seleção para as qualidades do Mangalarga. Fonte: Raul de Almeida Prado
Skipacita – Paint Horse
Animal importado por Stracta S/A Genetica E Reprodução, Skipacita foi registrado na Associação Brasileira do Cavalo Paint em 27 de abril de 1992. Alazão/Overo, Skipacita, nascido em 30 de janeiro de 1988, era filho de Skipa Star Jr (APHA) e Jocita Bars (AQHA), deixando 19 filhos. Contudo, os registros da ABCPaint dessa época não foram encontramos. A evolução e fortalecimento da raça, bem como todos os registros históricos armazenados são de 1995 em diante. Fonte: ABCPaint
Xiquito – Puro Sangue Lusitano
Xiquito, um Puro de Origem Importado (P.O.I.) foi o primeiro Puro Sangue Lusitano registrado na Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Andaluz, em 20 de abril de 1977. Filho de Quadro II em Quadra III, o garanhão nasceu em 27 de fevereiro de 1957, na Estação Zootécnica Nacional. Xiquito era propriedade de João Alfredo de Castilho.
Oriundo da Coudelaria Nacional de Portugal, Xiquito tinha uma pelagem negra e foi trazido por Castilho, a princípio, para melhorar o plantel de Campolina que o criador selecionava em Barbacena/MG. Vale registro ainda de que a associação nasceu em 1975, e só em 1991 transformou-se em Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano.
O Xiquito foi o primeiro registro M.I. (macho importado), enquanto Zapata, o primeiro registro de M.N. (macho nacional). Nascido em 21 de maio de 1969 e desaparecido em28 de agosto de 1993, tinha pelagem tordilho, filho de Zoonito x Zazá. Cruzamentos que estão entre os primeiros feitos no Brasil, a primeira criação de cavalos PSL no País. Fonte: ABPSL
Caracolito – Quarto de Milha
O dia 19 de fevereiro de 1970 ficou marcado na história da raça Quarto de Milha. Caracolito (Caracol x La Calavaza), animal trazido dos Estados Unidos pela Swift King Ranch Brasil S/A, foi registrado pela ABQM. Dessa forma, tornou-se o primeiro de um número que hoje ultrapassa a marca de 587 mil.
Caracolito, um alazão tostado, nascido em 10 de março de 1957, que chegou ao País na segunda remessa de animais, é neto por parte de mãe de Wimpy, o primeiro animal registrado pela AQHA. Bacana, não é mesmo? Ele faleceu no dia 17 de setembro de 1974, aos 17 anos, quatro anos e meio após o seu registro.
Introduzido no Hall da Fama 2011, Caracolito passou a missão aos seus descendentes de continuar fortalecendo a raça Quarto de Milha, dando continuidade à produção de animais. Vale reforçar que a Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha foi fundada em 15 de agosto de 1969. Fonte: ABQM
Por Equipe Cavalus
Crédito da foto de chamada: Pixabay
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