A adenite equina, conhecida popularmente como garrotilho, é uma doença infecciosa causada pela bactéria Streptococcus equi
O garrotilho, ou adenite equina, é bacateriana. A doença é transmitida pela via oral e nasal, sendo que a bactéria pode ser veiculada, sobretudo, pelo contato direto ou indireto entre os animais.
Logo após a penetração em um novo hospedeiro, o Streptococcus equi é detectado nos linfonodos da cabeça poucas horas após a infecção. No interior do linfonodo o organismo se multiplica lentamente, iniciando o processo de formação dos abscessos característicos da doença.
Sinais
Os primeiros sinais clínicos são observados geralmente 7 a 12 dias após a infecção. Inesperadamente, os animais apresentam febre, tosse, anorexia, depressão e corrimento nasal seroso.
E, posteriormente, mucopurulento. A sequência de eventos é seguida pela formação de um aumento de volume nos linfonodos da cabeça e formação de abscesso. Nestes casos, o equino pode manter o pescoço baixo e estendido, assim como relutar em deglutir água ou alimentos.
O nome popular garrotilho vem de strangles, ou ‘estrangulamento’. Já que acometido dessa doença, o equino pode encontrar dificuldades para respirar pela pressão dos linfonodos.
No curso natural da doença, os linfonodos tornam-se flutuantes e fistulam para o meio externo ou interno. Após este evento a hipertermia normalmente cede e se inicia a cura clínica da enfermidade.
O que fazer
Tendo em mente o caráter contagioso da doença, os animais afetados devem ser imediatamente isolados. A fim de evitar a disseminação do agente infeccioso. O equino portador deve ser isolado pelo período mínimo de quatro a cinco semanas.
Sobretudo, cuidados de desinfecção devem ser tomados também com as baias, cochos, escovas. E ainda qualquer ferramenta que tenha entrado em contato com o animal doente.
Após o isolamento do doente, a terapia deve ser direcionada para a intensificação da maturação e drenagem dos abscessos. Este processo pode ser realizado por meio de aplicação local diária de compressas quentes e cataplasmas sobre o abscesso.
No momento apropriado, a punção da parte ventral do abscesso também pode ser realizada pelo Médico Veterinário. Após este processo, a limpeza local é realizada com iodo-povidona 3 a 5%.
Alguns equinos com o curso avançado da doença demandam tratamento antimicrobiano. Nos casos de febre, anorexia, depressão, letargia ou dispnéia, o tratamento sistêmico com penicilina pode ser recomendado.
Casos resultantes da tumefação grave de linfonodos retrofaríngeos que não seguem o curso natural da doença. A febre pode ser controlada com fármacos antiinflamatórios.
A prevenção ainda continua sendo um desafio para o criador de equinos. Desta forma, o garrotilho deve ser controlado de forma estratégica, sendo que, os planos são utilizados para minimizar sua incidência e controlar o surto da infecção.
Fonte: Departamento Técnico da Ourofino Saúde Animal
Foto: VeterinarySpecialist
Veja mais artigos de Saúde Animal no portal Cavalus