Laminite: Cuidado nunca é demais

Entenda as causa de uma das doenças mais temidas, que muitas vezes pega proprietários de surpresa. Por isso toda dica é válida!

A temida laminite é uma doença que traz muita dor e incômodo para os equinos, tanto de pasto quanto confinados. Neste sentido, os tratamentos evoluem, mas os cuidados com a prevenção devem ser levados á sério. Já que, muitas vezes, quando o problema se agrava, o animal pode até morrer.

A doença habitualmente está relacionada com a excessiva ingestão de grãos, apesar de também ter relação com fatores genéticos, idade, falta de exercícios, umidade ou stress.

Muitas vezes, por uma série de questões, os cavalos principalmente de competição, sofrem processos inflamatórios agudos ou crônicos das estruturas sensíveis do casco, que resultam em claudicação e deformidades permanentes, causando a laminite.

Os diversos fatores que possivelmente estão envolvidos no surgimento da laminite variam em complexidade e grau de severidade conforme o manejo aos quais os animais estão sendo submetidos. Acomete todas as espécies de animais domésticos que possuem cascos, porém é mais comum em equinos, sendo em sua maioria, confinados.

Quando o animal ingere uma quantidade excessiva de grãos, há um aumento da produção de ácidos láctico no trato digestivo, havendo destruição de um número elevado de bactérias e consequente liberação se suas toxinas.

Outras causas secundárias relacionadas ao surgimento da laminte incluem: ingestão de água fria após realização de exercícios; infecções sistêmicas como endometrite, salmonelose e colite, traumas ou exercícios físicos em excesso em animais não condicionados e doenças seguidas por quadro endotoxêmicos.

No caso da laminite aguda, os animais apresentam dor, ansiedade acompanhada de tremores musculares, sudorese e aumento da frequência cardíaca e respiratória. Os casos acometidos apresentam-se quentes e visivelmente inflamados.

O animal fica relutante em locomover-se, passando deitado quase todo o tempo. E quando forçado a andar, caminha sobre os talões. Já nos casos crônicos, os cascos crescem em comprimento, perdendo a elasticidade e densidade normais na sola, passando a ficar mais quebradiço. A claudicação pode sumir, porém o animal caminha desajeitadamente.

Cuidados e prevenção

O diagnóstico é feito com base no histórico alimentar e no quadro apresentado pelo animal. O tratamento deve ser iniciado o quanto antes, procurando retirar a causa ou fator predisponente e aliviar a dor do animal.

Após o diagnóstico, o animal deve primeiramente ser colocado em um local com chão mole, com forragem e água de boa qualidade, sem fornecer concentrado ao animal. Analgésicos e antiinflamatórios podem ser usados visando minimizar o problema.

Muitos veterinários também recomendam duchas de água fria e até gelo, várias vezes ao dia. A ducha apresenta ação descongestionante, causando bem-estar ao animal. Também é indicada a aplicação de metionina, que auxilia no processo de aceleramento de queratinização do casco.

A prevenção dessa afecção é feita por meio da adoção de medidas que evitem a ocorrência de acidose láctica, através de um apropriado esquema de adaptação para animais que irão receber dietas com elevados níveis de concentrados e o uso de produtos alcalinizantes na ração.

Com relação aos equinos que se encontram parados há um período maior, deve-se tomar muito cuidado nos primeiros dias de trabalho, procurando não exigir muito destes.

Por Camila Furtado
Fonte: Infoescola
Foto: Cedida

Deixe um comentário