Três Tambores & Seis Balizas

Elas arrasam dentro e fora das pistas de Três Tambores!

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O que você sempre quis saber sobre Bruna Tedesco e Petit Herweg e nunca teve coragem de perguntar?

Ah, elas são demais! Se você não as segue nas redes sociais – @brunatc e @petitherweg – devia fazer isso neste momento. Essa dica não é só porquê elas têm muitos seguidores, não. É porque vale a pena acompanhar o dia a dia delas com os cavalos, dicas de treinamento, bastidores das competições e momentos descontraídos.

Bruna Tedesco e Petit Herweg

Bruna e Petit

Natural de Chapecó, Santa Catarina, Bruna Tedesco Cortelini, 26 anos, hoje mora em Itatiba, São Paulo, onde montou seu centro de treinamento em parceria com o Rancho Coyote. Ela fez sua primeira prova aos quatro anos de idade e nunca mais parou. Além de Três Tambores e Seis Balizas, ela já praticou Hipismo Clássico, Volteio, Cinco Tambores, Team Penning e Ranch Sorting.

Martha ‘Petit’ Herweg também tem 26 anos. Nasceu em São Paulo, capital, e mora em Bauru, no interior, desde pequena. Sua família é titular do Haras Agae e por isso convive com cavalos desde cedo. Sua primeira prova foi aos nove anos. Petit, assim como Bruna, também dedica sua vida aos Três Tambores e as Seis Balizas, mas também já competiu em Ranch Sorting e no Team Penning.

Além da idade, a paixão pelos cavalos, por outras modalidades – já até formaram dupla e trio juntos -, elas também têm em comum a garra. Bruna se aventurou e montou seu próprio CT e Petit agora administra o centro de treinamento dentro do Haras Agae. Talento é outra coisa que elas compartilham. Mesmo morando no Brasil e participando das mesmas competições, foi na China que se tornaram amigas!

Juntamos as duas em uma conversa e descobrimos algumas nuances a mais da vida dessas duas feras! Confira!

Bruna Tedesco e Petit Herweg

Na China

Bruna: Como você decidiu que queria cuidar da fazenda e montar, ao invés de seguir carreira na sua formação, que é Designer de Produtos?

Bruna Tedesco e Petit Herweg

Fazendo dupla no Ranch Sorting

Petit: Eu decidi seguir a vida fora da minha carreira de formação e ir trabalhar com meu pai na fazenda depois de um intercâmbio na China em 2012. Que por sinal, foi onde conheci a Bruna. Ela foi quem mais me ensinou lá a lidar com cavalo. Eu não sabia nem a diferença entre freio e bridão, muito menos limpar o casco de um cavalo. Eu só tinha equilíbrio e sabia tocar um cavalo, e me achava já uma boa cavaleira. E foi com esse start no aprendizado de lida diária com o cavalo que meu interesse virou completamente para o campo. Por sorte, minha família tem uma fazenda de gado de corte e um haras. Então meu pai super me apoiou, já que fui a única da família com interesses nesse meio até o momento!

Bruna: Como você faz para separar o lado emocional do profissional na hora de colocar em leilão um cavalo que gosta muito?

Petit: Essa é tão difícil de falar sobre. Quando a gente já programa de vender tal cavalo desde que nasce, fica mais fácil. Não me apego desde o começo, né! Agora quando são animais que já me apeguei e tem que vender, aí fica difícil. Eu choro mesmo, escondido, claro! (risos). Converso muito com eles para eles entenderem a situação e prometo que os novos donos vão amar eles tanto quanto eu e mimar muito! Lógico que faço uma cartinha de recomendações para os novos donos também!

Bruna Tedesco e Petit Herweg

O que o cavalo uniu, ninguém separa!

Petit: Sei que sua vida nunca foi fácil quando criança e adolescente, mas que mesmo assim você e sua mãe nunca desistiram desse seu talento nato. E que hoje em dia passou a ser valorizado! O que te fez ter certeza que você estava no caminho certo, mesmo quando as dificuldades apareciam? Porque você nunca desistiu do cavalo, nos piores momentos, mesmo tendo um diploma e podendo exercer outra profissão?

Bruna: Então, na verdade acredito muito em Deus. Sempre lutamos muito, eu e minha mãe. E várias vezes a gente pensou em parar. Porque esse meio é um meio muito caro e a gente morava muito longe. Então sempre falávamos, quando estávamos por um fio, ‘mas se acontecer tal coisa, então é um sinal para continuar’ e acontecia! Mesmo depois que viemos pra São Paulo, passamos por muitas provações. E sempre lembrávamos que ‘àquela vez quando a gente ia parar, tivemos aquele sinal’ e assim continuamos. Quem vive o cavalo como eu vivo, sabe que nunca é fácil. Mas quando estou em cima de um cavalo, tenho certeza que não há melhor lugar no mundo para se estar.

Petit: Qual foi o pior momento da sua vida? E o melhor?

Bruna Tedesco e Petit Herweg

Risada garantida, e muito talento também!

Bruna: O momento mais crítico da minha vida foi a vinda para São Paulo com 13 anos. Eu era uma criança. Poucas pessoas têm a coragem de largar tudo igual a minha mãe teve e correr atrás de um sonho que não era dela, era meu. Largando família, marido e uma vida estável. Quatro meses depois estávamos sem dinheiro, sem apoio e sem família. Íamos voltar e fomos pra Avará, no Congresso ABQM, para nos despedirmos das pessoas. No último dia encontramos o Marcos Lima, proprietário da Fazenda Espelho D’água. E ficamos por lá 12 anos. Tive muito carinho e apoio! Graças a ele, consegui estar aonde estou. Claro que os momentos felizes também são muitos na minha carreira também: Recordista Nacional em 2003, campeã e recordista do Potro do Futuro em 2007, correr e ganhar no Victory Fly VM, campeã Mundial em 2013 na China. Graças a Deus tive muitos momentos felizes e tristes na minha vida! Acredito que é para isso que vivemos! Amar, Crescer, Evoluir!

Sou grata por todos os momentos que tive: aos amigos que conquistei, acho que minha maior alegria é essa! Os amigos que fiz nesse meio. Então agradeço a Petit, o Itamar Marques, o Pedro Engler, a Luciana Penha. O próprio Marcos Lima, a Ana Paula Rodrigues, o doutor Jarbas Bertoli, a Lu Omena. Especialmente, à minha mãe, Rosi, que é a pessoa mais iluminada e guerreira que já existiu na minha vida! Ao meu avô, que nos ajudava demais! Enfim, a lista é gigante de gente que, de alguma forma, me ajudou e me ajuda até hoje. Sem amigos a gente não é nada! Eu amo vocês! Obrigada por tudo!

Por Luciana Omena
Fotos: Arquivo Pessoal

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