Uma tradição cinquentenária, pela primeira vez a Missa do Vaqueiro aconteceu sem público em 2020. A pandemia da Covid-19 interrompeu, momentaneamente, a tradição de reunir centenas de vaqueiros em Serrita/PE. Contudo, uma celebração simbólica marcou os 50 anos do evento idealizado pelo ‘Rei do Baião’.
De fato, essa celebração teve origem a partir do desaparecimento do vaqueiro Raimundo Jacó, primo de Luiz Gonzaga, cantor e compositor pernambucano. Considerado de muita coragem do Sertão nordestino, Jacó foi assassinado traiçoeiramente em 1954 nas caatingas do Sítio das Lages, distrito do município de Serrita.
A primeira homenagem de Luiz Gonzaga foi a música ‘A morte do vaqueiro’. Criada a fim de lembrar a morte do e imortalizada no LP ‘Pisa no Pilão (Festa do Milho)’ de 1963. Sete anos depois, o ‘Rei do Baião’ voltou a homenageá-lo criando, junto com o padre João Câncio, a Missa do Vaqueiro.
Celebrada sempre no terceiro domingo do mês de julho, ao ar livre, em um local onde foi construído um altar de pedra rústica em forma de ferradura. Vaqueiros de vários estados do Norte e Nordeste se confraternizam diante da fé cristã. Todos de gibão, chapéu de couro e perneira, como se vestem tradicionalmente. Celebrando bravura, dedicação e a fé do homem sertanejo.
Além da Missa, os vaqueiros participam da tradicional Pega do Boi. Para a cidade, é uma alegria, já que a programação começa uma semana antes com Vaquejada, banda de pífanos, zabumbeiros, sanfoneiros, comida típica, exposição de artesanatos.
Para 2020 não passar em branco então, a Fundação Padre João Câncio, que organiza o evento, preparou uma peça musical Rezas do Sol com artistas que gentilmente de suas casas realizaram uma Live transmitida pelo Youtube.
Fonte: basilio.fundaj, diariodonordeste
Crédito das fotos: Divulgação/G1 e Diário do Nordeste
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