Não imaginaria, portanto, que se tornaria uma profissão
Retratar em desenhos a beleza dos cavalos é o que faz no dia a dia Raquel de Mendonça Fernandes, 37 anos, moradora de Belo Horizonte/MG. Formada em Medicina Veterinária pela UFMG em 2005, Raquel trabalhou com clínica e reprodução de equinos até 2013, quando decidiu se dedicar à pintura. Autodidata no início, quando a arte se transformou em sua profissão, passou a fazer aulas e cursos com o intuito de aprimorar sempre a qualidade do seu trabalho.
Raquel agarrou com unhas e dentes a nova profissão. Com o tempo e a prática, muita prática, passou a desenhar e pintar todos os dias, independentemente da quantidade de encomendas. Seu ateliê fica em sua casa e ela procura manter uma rotina de trabalho, importante para perder o ritmo de trabalho.
Visando uma evolução na profissão que abraçou, a artista gosta de estudar, experimentar, conhecer materiais e técnicas diferentes, e até já foi para fora do Brasil em busca de conhecimento. “Procuro sempre fazer algumas aulas ou cursos. Cheguei a passar um mês em Berlim em um curso intensivo de arte e neste período também fiz um workshop com o artista irlandês Tony O´Connor, um dos grandes artistas de cavalos do mundo!”
E é assim que ela procurar encantar as pessoas. Passando amor para uma tela! E os cavalos fazem parte de sua vida desde muito nova. Raquel frequentava a fazenda do seu avô em Corinto, Minas, e compartilhava com ele o dia a dia com os cavalos de lida. “Meu bisavô, com quem tive contato por boa parte da minha infância, foi tropeiro ali pelas terras de Guimarães Rosa, e com ele aprendi muito também do lidar com os animais”.
Convivendo com cavalos desde que se lembra, entrou na faculdade de Medicina Veterinária e passou a ter outro tipo de contato, como o de cuidados, de salvar vidas e ‘fazer’ vidas também, por causa de seu trabalho com reprodução. “Conheci outros tipos de cavalos, outros usos, esportes, etc. Neste período comecei a fazer aulas de Adestramento também, que aprimorou meu entendimento da psique do animal. Acho que não tem como separar minha vida do cavalo, apesar de não montar tanto como antes, infelizmente”.
Por Equipe Cavalus