Por volta de 1900, Bill Pickett difundiu a modalidade, mas foi Henrique Prata que a trouxe para o nosso País, quase 90 anos depois
Muito que acompanham o rodeio hoje, em Barretos especialmente, e conhecem Henrique Prata, pecuarista, proprietário da ProHorse Rodeo, presidente do Hospital de Câncer de Barretos, não sabem que ele foi um dos precursores da Sela Americana e do Bulldog aqui em nosso País. Sua história é pautada pelo amor ao agro, possui mais de 30 mil cabeças de gado, por exemplo, continua até hoje incentivando ações dentro do rodeio, mas quando jovem, ele competiu também.

Graças a seu amor pelo rodeio que temos por aqui competições de Bulldog. Considerada a mais radical, já que o competidor parte do brete com seu cavalo em alta velocidade, ajudado por um cavalo esteira (que não deixa que o boi saia da sua trajetória), e salta no boi com a finalidade de tirar suas quatro patas do chão no menor tempo possível, está praticamente extinta nos dias de hoje no Brasil. Nos Estados Unidos, seu berço, é parte do circuito mundial de rodeios da PRCA.
E foi de lá que Henrique importou o Bulldog. “Descobri o Bulldog vendo os rodeios nos Estados Unidos, em 1986, e fizemos a primeira prova na Festa do Peão de Barretos nesse mesmo ano”, conta ele. Em 1986, na mudança da grande Festa do Peão, que hoje é a maior da América Latina no gênero, para o Parque do Peão, local que tem 50 mil alqueires de área, Henrique, Lucinei Nunes Nogueira ‘Testa, Armando Biasi, Guilherme Prata e entre outros, fizeram a primeira prova da modalidade no Brasil.
Para aperfeiçoar a técnica, os pioneiros buscaram fontes nos Estados Unidos. Além de serem os criadores do esporte, tem os melhores competidores do mundo e milhares de provas durante o ano. Se você acompanha o campeonato mundial da PRCA, irá encontrar notícias e resultados com o nome de Steer Wrestling, algo como ‘luta contra o novilho’. Faz menção aos movimentos da modalidade.
Henrique acredita que os protetores dos animais venceram a luta, pois há uma desunião entre os atletas. “Aqui no Brasil, os protetores de animais foram contra e com a desunião do rodeio, a modalidade quase já não é praticada. Para uma retomada, acredito que só com um bom patrocínio para que voltem provas com boas premiações e os competidores voltem para a arena”. Muitos não deixaram de treinar, mas hoje o único rodeio que realiza a modalidade é o de Divinópolis/MG.
Por Luciana Omena
Colaboração: Susi Freitas
Fotos: Arquivo Pessoal