Letícia Mamede representa a versatilidade da cowgirl brasileira

Há alguns anos a veterinária vem conciliando o treinamento dos Três Tambores e do Breakaway Roping, modalidade que ela quer acompanhar o crescimento

Desde a primeira vez que viu o Breakaway Roping nas provas da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha, Letícia Mamede tomou a decisão que iria praticá-la. Isto aconteceu há pouco mais de  dois anos, e desde então, só se afastou do treinamento por seis meses devido a uma lesão no ombro. E agora, pois está esperando seu primeiro bebê.

“Comecei a treinar no Rancho Tikva e a minha estreia em pista foi no Rodeio de Engenheiro Coelho, em 2015. Sempre que fico sabendo das provas procuro ir”, conta Letícia. Apesar de ainda não ter conquistado uma vitória, a competidora já registra importantes colocações como o vice campeonato dos rodeios de Muzambinho, Engenheiro Coelho e Americana 2016, além do terceiro lugar no Campeonato Paulista 2016, em etapa realizada no Rancho Tikva.

O treinamento de Letícia na modalidade ainda não está como ela deseja. Antes de engravidar do segundo filho – Diogo nasce em agosto e ela já é mãe de Danielle, de 11 anos – ela treinava cavalete no Centro de Treinamento Marcos Ribeiro, além de ter a ajuda do treinador Daniel Lopes quando consegue conciliar os horários. A meta é sempre aumentar a intensidade e os dias de treino para ir melhor nas próximas provas.

Danielle já treina Tambor e está começando girar corda, deve seguir com certeza os passos da mãe. Leticia está de mudança para Franco da Rocha. Após o nascimento do bebê e com a liberação médica, voltará a treinar no Rancho Chapadão com Alan Martinho, seu namorado, que dá aulas de Breakaway e Laço em Dupla.

Com relação ao futuro do Breakaway, a competidora afirma que está numa crescente e já virou moda principalmente entre as meninas dos Três Tambores, pois grandes nomes já começaram a treinar e praticar, entrando para as competições.

“Todo início é difícil, agora estamos ganhando mais espaço nos rodeios e fazendo as competições em grandes arenas, o que é muito bom. Em Americana, que estreou a modalidade este ano em sua programação, foi lindo na segunda-feira pós-rodeio. Muitos comentários, tanto de quem viu ao vivo, como de quem acompanhou pela internet. Foram muitos elogios, falaram que nunca tinham visto a prova e acharam emocionante”, continuou.

O objetivo de Letícia é se consagrar campeã e ter a fivela do Breakaway em seu currículo, além de “começar a disputar por tempo e não acertos”, ressalta. “É uma modalidade que não vejo preconceito, pelo contrário, o público tem achado incrível e minha expectativa é que o Breakaway cresça cada vez mais, para que possamos chegar ao nível técnico das gringas que são referência para nós. Estamos no caminho certo.”

Por Susi Freitas
Fonte: Editora Passos

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