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Astenia equina: saiba o que é, diagnóstico e tratamento

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Conhecida também como HERDA, sigla em inglês, doença causa fragilidade da pele, principalmente de cavalos da raça Quarto de Milha

A astenia regional dérmica hereditária equina (ou, em inglês, hereditary equine regional dermal asthenia [HERDA]) é, sobretudo, uma doença cutânea. Ela resulta em hiperextensibilidade, fragilidade da pele, seromas, hematomas e dificuldade de cicatrização.

Contudo, as lesões podem ser únicas ou múltiplas, e são vistas apenas em determinadas regiões do corpo. Ou seja, mais frequentemente no dorso, seguida de membros e pescoço.

É importante frisar que a astenia é uma doença genética, observada, na maioria dos casos, em cavalos da raça Quarto de Milha. Porém, há relatos também em mestiços Árabes, Appaloosas e Paint Horses.

Diagnóstico

De acordo com especialistas, a doença revela os sinais clínicos próximos aos dois anos de vida do cavalo. Assim, o diagnóstico de astenia equina ocorre, muitas vezes, baseado no histórico (incluindo genético) do animal. Além, é claro, do exame físico, principalmente nos sinais clínicos encontrados.

Entretanto, diversos especialistas consideram os exames histopatológicos e os testes de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR). Estes últimos utilizando amostras de DNA para diagnosticar a astenia equina.

Sobretudo, é necessário observar o curso da doença e os sinais diferentes com outras enfermidades semelhantes. Como, por exemplo, a falta de pele elástica e sem consistência.

Tratamento

Infelizmente, o tratamento da astenia equina não é conhecido. Dessa forma, deve-se minimizar, pelo menos, o trauma. Nesse sentido, cuidando das feridas e garantindo uma dieta ideal.

O quesito alimentação com especial atenção ao cobre dietético e ao teor de vitamina C. Este devido ao fato deles serem cofatores no metabolismo do colágeno.

Do outro lado, além de fatores hereditários, acredita-se que as influências ambientais também sejam significativas. Tanto que as lesões mais comuns em cavalos com astenia cutânea ocorrem ao longo da linha média dorsal. Local onde o calor e a radiação ultravioleta (UV) são mais intensos.

A princípio, as lesões geralmente melhoram quando o cavalo está limitado a um ambiente como o das baias. Normalmente, num prazo de duas a quatro semanas.

Portanto, inevitavelmente, os cavalos com astenia cutânea que são mantidos continuamente em ambientes fechados e protegidos do sol têm menos problemas. Isso na comparação com aqueles mantidos em ambientes abertos.

Isso ocorre porque o colágeno dos cavalos afetados é mais solúvel do que os demais. Podendo, assim, ser mais sensível aos efeitos de degradação enzimática.

Outro ponto que deve ser considerado é que os cavalos afetados com astenia cutânea não têm condições adequadas para o trabalho. Isso devido ao uso de selas ou arreios que podem causar lesões severas e frequentes.

Além disso, como não devem ser usados para a reprodução, a maioria deles é submetido à eutanásia após a doença ser diagnosticada. Porém, segundo especialistas, com excelentes cuidados, alguns indivíduos podem viver por muitos anos e com boa qualidade de vida.

Fonte: M.V. Laura da Costa Luz, M.V. Cecília Nunes Moreira e M.V. Luanna Queiroz Soares, da Universidade Federal de Goiás, Regional Jataí
Crédito da foto: Divulgação/Pexels

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