O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) determinou o recolhimento de todos os produtos destinados a equídeos fabricados pela Nutratta Nutrição Animal a partir de 21 de novembro de 2024. A medida ocorre no contexto da investigação sobre a possível relação entre os produtos da empresa e mortes de cavalos em diferentes estados.
Segundo o Mapa, a comercialização foi suspensa por representar risco à saúde animal. Anteriormente, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal já havia proibido, de forma cautelar, o consumo de rações produzidas pela empresa desde 8 de março de 2025. A decisão foi motivada por indícios da presença de contaminantes.
Até o momento, foram confirmadas 122 mortes de equinos em municípios de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Alagoas. Há ainda relatos de outras 36 mortes em apuração. De acordo com o Ministério, em todos os casos analisados até agora, os animais haviam consumido rações produzidas pela mesma empresa.
A nota do Mapa também orienta os cidadãos que suspeitarem de casos semelhantes podem formalizar denúncias por meio da Ouvidoria do Mapa. No início das investigações, o advogado da empresa, Diêgo Vilela, informou que a fabricante estava empenhada em identificar os lotes e consumidores envolvidos.

Antes da determinação do MAPA, os primeiros casos iniciaram em Indaiatuba
Em Indaiatuba (SP), onde a primeira morte foi registrada em 23 de abril, nove cavalos morreram. Um veterinário ouvido pela EPTV relatou que os animais apresentaram sinais como apatia e alterações hepáticas, e que a ração e o feno oferecidos foram trocados.
Uma vistoria realizada no haras pela Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente de Indaiatuba, em 19 de maio, não identificou irregularidades. Os técnicos apontaram que os sintomas apresentados pelos animais eram compatíveis com intoxicação alimentar. O laudo preliminar de uma das éguas indicou infecção causada por bactéria.
Por Giovanna Catanho/Portal Cavalus (Com informações do MAPA e G1)
Fotos: Reprodução/EPTV
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